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Publicado em: 02/04/2014

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NOVA GESTÃO - CIC quer carga de tributos mais justa

02/04/2014.

Ampliar a participação das empresas cearenses, sobretudo das micros e pequenas, garantindo-lhes maiores condições de crescimento e de competitividade no mercado nacional, a partir de uma política tributária mais justa, mas escalonada e menos assistencialista, é um dos focos do novo presidente do Centro Industrial do Ceará (CIC), o empresário do setor químico, José Dias de Vasconcelos Filho.

Eleito no dia 17 de fevereiro último, para presidir a entidade no biênio 2014-2016, José Dias será empossado, juntamente com a nova diretoria, às 19 horas, de amanhã, dia 3, em substituição à empresária Nicolle Barbosa. "92% das empresas cearenses são pequenas, são elas que mais geram empregos, mas não estão tendo condições de crescer, de se expandir, porque a política tributária não lhes dar espaço para avançar", explicou.

Ex-presidente do Sindicato das Indústrias Químicas Farmacêuticas e da Destilação e refino de Petróleo do Ceará (SindiQuímica-CE), entidade que dirigiu por duas legislaturas seguidas, de 2004 a 2012, José Dias diz que pretende levar agora, para o CIC, a mesma política de coesão, de integração participativa, adotada por ele no Sindiquímica, e que resultou no fortalecimento do sindicato, mas sobretudo das indústrias associadas.

Mais espaços

"Vamos agora trabalhar globalmente, a partir da avaliação de cada um dos segmentos, para torná-los mais competitivos", sinaliza o executivo. Conhecida as condições, as dificuldades e desafios da indústria, explica José Dias, a nova diretoria promete empreender uma luta forte pela redução da carga tributária e por desonerações para toda o setor e não apenas para alguns segmentos. "O atual sistema tributário está impedindo que as empresas cresçam", alerta, o empresário, revelando uma prática comum no Brasil, onde as micro e pequenas empresas ao atingirem o limite máximo de R$ 3,6 milhões de faturamento anual, são obrigadas a se dividir em novas firmas, para não verem a carga tributária se multiplicar.

O primeiro passo nesse sentido, além de um trabalho federativo, aponta José Dias, será buscar o governo Estadual, a fim de rediscutir a política tributária. "Vamos conversar com o governo do Estado, para vermos onde há espaços para reduzir a carga tributária", declarou o empresário.

Para ele, "as desonerações (de ICMS, que vêm sendo concedidas pela Secretaria Estadual da Fazenda), ainda são muitos pontuais. Devem evoluir para outros segmentos", defende.

Outros desafios

Outras metas na nova gestão são atrair mais participantes do setor empresarial para ampliar o quadro de associados do CIC, buscar maior aproximação com as três esferas de governo - Municipal, Estadual e Federal, além de promover discussões sobre temas relevantes à indústria.

 

Fonte: Diário Online (Jornal Diário do Nordeste)