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Publicado em: 22/10/2014

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MENOR DO PAÍS NO ANO - Capital acumula inflação de 4,38%

Em 12 meses, a variação em Fortaleza foi a segunda menor do País e ficou abaixo da média nacional (6,62%)

Embora a prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), em Fortaleza, tenha acelerado, passando de 0,09%, na primeira quinzena de setembro, para 0,41%, neste mês, a variação registrada na Capital cearense ainda foi a quinta menor do País, dentre as 11 capitais brasileiras pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado do ano, Fortaleza apresenta a menor variação da inflação entre todas as cidades analisadas, com variação de 4,38%. Já nos últimos 12 meses, o IPCA-15 da Capital tem avanço de 6,23%, abaixo da média nacional (6,62%) e o segundo mais baixo do Brasil, atrás apenas de Belém, que apresenta uma variação de 5,85%.

Alimentos

Um dos grupos mais significativos para o resultado do IPCA-15, o segmento de alimentos e bebidas apresentou alta de 1,06%. Dentro deste grupo, os destaques principais foram a goiaba e a melancia, cujos preços subiram 13,56% e 8,56%, respectivamente. Outras altas também ocorreram em produtos alimentícios, como: farinha de mandioca (6,64%), cenoura (6,11%), maracujá (4,51%), fígado (5,60%), costela (3,33%) e cerveja (4,78%).

Apesar disso, o consumidor de Fortaleza aproveitou quedas em outros alimentos básicos à mesa dos brasileiros. Neste mês, o feijão mulatinho e o feijão carioca, por exemplo, apresentaram queda de 4,30% e 1,22%, respectivamente. O arroz também teve baixa de 0,8%. Enquanto isso, outros artigos como tomate, batata inglesa e mamão tiveram queda de 14%, 10,18% e 4,65%, respectivamente.

O grupo de despesas habitação também teve influência relevante na prévia da inflação oficial de outubro, com uma taxa de 0,76%. Os consumidores sentiram impacto principalmente do gás de cozinha, que registrou alta de 5,11% neste mês. Apesar disso, a energia elétrica residencial não apresentou inflação.

Nos demais grupos, artigos de limpeza subiram 0,4%, combustíveis e energia apresentaram alta de 1,47%, enquanto vestuário caiu 0,30%. Os transportes também sofreram queda de 0,53% em outubro. O item passagens aéreas teve impacto na inflação do grupo de transportes, com queda de 8,27%, o que contribuiu para a baixa no setor.

Alta no Brasil

No País, a prévia da inflação oficial registrou uma taxa de 0,48% em outubro. O resultado é superior ao 0,39% da prévia de setembro e igual à taxa observada na prévia de outubro do ano passado. O IPCA-15 acumula taxas de 5,23% no ano e 6,62% no período de 12 meses. A taxa acumulada no ano supera o teto da meta de inflação do governo federal, que é 6,5%.

Os gastos com alimentos foram os principais responsáveis pela alta da prévia da inflação oficial. O grupo de despesas alimentação teve taxa de inflação de 0,69%, influenciada principalmente pelo aumentos de preços de 2,38% das carnes, de 3,52% da cerveja, de 1,75% do frango e de 1,35% do arroz.

O custo com vestuário também subiu (0,7%) na prévia de outubro. Os outros grupos de despesas tiveram as seguintes taxas: despesas pessoais (0,4%), saúde e cuidados pessoais (0,37%), transportes (0,25%), artigos de residência (0,13%) e educação (0,08%). O grupo comunicação não teve inflação.

Habitação

As despesas com Habitação aumentaram 0,80% em outubro, segundo o IPCA-15. Em setembro, a alta tinha sido de 0,72%. O resultado foi puxado pelo encarecimento das tarifas de energia elétrica, com alta de 1,28% em outubro, e do gás de cozinha, que subiu 2,52%.

No caso da energia elétrica, o maior resultado foi registrado em Goiânia (15,54%), onde as tarifas tiveram reajuste de 19% em 12 de setembro. Em Brasília, a alta foi de 5,99%, devido ao reajuste de 18,88% em vigor desde 26 de agosto deste ano.

Fonte: Diário do Nordeste