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Publicado em: 18/07/2014

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EM MAIO - Economia do CE sinaliza alta de 4,5%

Brasil e Nordeste têm índices negativos enquanto o Estado registra avanço. Dados são do Banco Central

Considerado por alguns analistas como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central para o Ceará (IBC-CE), elaborado mensalmente pela instituição financeira, trouxe resultados bastante positivos para o Estado no mês de maio, quando subiu 4,5% ante abril. Para se ter uma ideia, nesse mesmo período a atividade econômica medida pelo índice recuou no País (-0,18%) e na região Nordeste (-3,6%), o que destaca ainda mais o desempenho cearense.

O avanço mensal registrado pelo IBC-CE em maio também foi o quinto consecutivo em 2014, tendo em vista que a última vez que o índice caiu foi em dezembro do ano passado. Não à toa, no acumulado dos últimos 12 meses, o mesmo já registra alta de 5,5%, segundo o BC.

Cautela

Apesar do bom desempenho do IBC-CE em maio, o economista Alex Araújo disse que é preciso ter cautela quando à realidade da economia cearense. Isso porque, segundo ele, a metodologia do BC não é tão confiável quando se trata dos estados. "Em um ambiente macro, como o do País, o índice é preciso, mas, na medida em que vai afunilando, ele não vai conseguindo mensurar corretamente o que de fato vem acontecendo na atividade econômica. No comércio, por exemplo, tivemos um leve crescimento em maio, mas nada que explique esse elevado avanço sinalizado pelo indicador", conta.

Araújo ressalta inclusive que a atividade econômica do Ceará não deve ter um primeiro semestre muito favorável, e arrisca ainda dizer que o PIB do Estado crescerá menos do que em 2013. "Os estímulos ao consumo estão sendo retirados e isso vem impactando fortemente na economia cearense", explica o economista.

País em queda

De âmbito nacional, o IBC-Br passou de 147,14 pontos em abril para 146,88 pontos em maio na série dessazonalizada. Trata-se da primeira queda do indicador desde fevereiro (-0,09%) e a maior retração desde dezembro do ano passado, quando houve um "encolhimento" de 1,37%, de acordo com números divulgados pelo BC.

Ainda em base mensal, o índice sem ajuste registrou queda de 1,59%. Na comparação anual, houve baixa de -0,17%. Na série sem ajuste sazonal, o quinto mês deste ano terminou com IBC-Br em 148,69 pontos. O resultado do indicador de maio frente a igual mês de 2013 ficou abaixo da mediana das expectativas.

O IBC-Br serve para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses e tem grande influência sobre as estimativas do mercado para o PIB, divulgado a cada três meses pelo IBGE, e que é a soma de todos os bens e serviços produzidos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz.

 

Repórter: Áquila Leite

Fonte: Jornal Diário do Nordeste