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Publicado em: 01/04/2014

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Copa no Brasil deve elevar PIB em 0,4% em dez anos

1º/04/2014.

Segundo relatório da agência Moody's, a estimativa de arrecadação para o período é de R$ 25 bilhões

A Copa do Mundo de Futebol a ser realizada no Brasil deve gerar um acréscimo de 0,4% do Produto Interno Bruto Nacional (PIB), em um prazo de dez anos, considerando o ano de 2010 até 2019. O levantamento sobre o impacto do evento esportivo na economia nacional foi publicado ontem pela agência internacional de classificação de risco Moody’s. Segundo a agência, a estimativa é de R$ 25 bilhões no período.

A vice-presidente e analista sênior da Moody’s, Bárbara Mattos, diz que alguns setores específicos do comércio seguirão na linha de crescimento temporário durante o evento. “O consumo de alimentos e bebidas deve aumentar, além de hotelaria, aluguel de carros e publicidade no período da Copa”, ressalta.

A construção civil, segundo ela, experimentou um crescimento puxado, em grande parte, pelas obras dos aeroportos, infraestrutura dos estádios e das cidades-sedes e da mobilidade urbana. “O que foi feito faz parte de um programa maior de investimentos governamentais que ficarão como legado após a Copa”.

Feriados

Apesar da perspectiva de acréscimo no PIB nacional nos próximos anos, a indústria e parte do comércio varejista, como vestuário, calçados e eletrodomésticos, não acompanhará a onda de consumo dos 31 dias de duração da Copa do Mundo.

“O Mundial terá um impacto negativo para a indústria e alguns segmentos do comércio pela questão dos feriados. São dias a menos de consumo e produção”, alerta o superintendente da Federação do Comércio, Bens e Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), Alex Araújo. “O evento não trará o benefício esperado”.

Para o mestre em Economia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Ricardo Coimbra, haverá retração das atividades não somente na Capital, mas também nos municípios do Interior do estado.

“Algumas cidades da Região Metropolitana de Fortaleza vão acabar sofrendo com essa retração econômica. A indústria reduz a produção e o comércio deixa de vender nesses locais”, alerta.

Alex Araújo crê que as manifestações sociais vistas na Copa das Confederações e esperadas para a Copa do Mundo serão um dos efeitos colaterais à imagem do País no mercado internacional do turismo.

“É possível que atraia uma visão negativa para o evento. Pode tirar a capacidade de ganho a longo prazo do Brasil como destino turístico” afirmou.

 

Fonte: O Povo Online (Jornal O Povo)