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Publicado em: 07/08/2014

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Cesta básica de Fortaleza tem deflação de 3,63%

O conjunto de 12 produtos que compõem a cesta básica de Fortaleza registrou deflação (recuo) de 3,63%, no mês passado. A redução nos preços desses produtos fez com que um trabalhador, para adquiri-los, respeitadas as quantidades definidas para a composição da cesta, tivesse que desembolsar R$ 287,19. Considerando o valor e, tomando como base o salário mínimo vigente no País – de R$ 724,00 (valor correspondente a uma jornada mensal de trabalho de 220 horas) –, pode-se dizer que o trabalhador teve que desprender 87 horas e 16 minutos de sua jornada mensal para essa finalidade. Os gastos com alimentação de uma família padrão (composta por dois adultos e duas crianças) foi de R$ 861,57.

Esta deflação no preço da cesta básica foi influenciada pela baixa de oito itens, destaque para os preços do tomate (16,31%), do óleo (6,02%) e do feijão (5,5%). Observando as variações semestral e anual da cesta, em Fortaleza, verifica-se que foram de 4,58% e 4,33%, respectivamente. Isto significa que a alimentação básica, em julho deste ano (R$ 287,19) está mais cara do que em janeiro último (R$ 274,60) e julho de 2013 (R$ 275,27). No semestre, dos produtos que compõem a cesta, os que sofreram maior elevação nos preços, foram: o tomate (20,34%), a banana (11,03%) e o café (8,86%). Os produtos que sofreram maior redução no período analisado foram a farinha e o feijão, com quedas de 22,56% e 8,31%, respectivamente.

ELEVAÇÕES

Na série de 12 meses, dos produtos que compõem a cesta básica, os que sofreram maior elevação nos preços, foram: o tomate (43,92%), o pão (15,32%) e a carne (10,85%). Já os que sofreram maiores reduções no período analisado foram o feijão (44,52%) e a farinha (32,29%). Em julho, os preços do conjunto de bens alimentícios essenciais diminuíram em todas as capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza, mensalmente, a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos. As maiores quedas foram registradas em Brasília (7,16%), Curitiba (7,11%), Porto Alegre (5,88%) e Natal (5,27%). O menor recuo ocorreu em Manaus (1,60%).

Florianópolis foi a cidade onde se apurou o maior valor para a cesta básica (R$ 346,99) e apresentou a segunda menor variação negativa (1,91%) em relação a junho. A segunda maior cesta foi observada em São Paulo (R$ 345,42), seguida por Vitória (R$ 330,71). Com base no custo apurado para a cesta de Florianópolis e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em julho deste ano, ele deveria ser de R$ 2.915,07, ou seja, 4,03 vezes o mínimo em vigor, de R$ 724,00.

Fonte: O Estado Online (Jornal O Estado do Ceará)