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Publicado em: 01/04/2014

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CE lidera o Nordeste em potencial instalado

1º/04/2014.

A região Nordeste puxou o crescimento da capacidade instalada dos parques eólicos no Brasil, concentrando 1.461 MW provenientes de 60 usinas, o que representa aumento de 25,3% em relação a janeiro do ano passado. O valor representa 66% da capacidade total de usinas eólicas do País, pouco abaixo da concentração dessas usinas na região em relação à representatividade de 67% verificada em dezembro de 2013. A geração média na região foi de 597 megawatts (MW) médios contra 429 MW médios no início de 2013, onde o Ceará se destaca com 34% dessa capacidade (246 MWh médios).

Os dados constam da segunda edição do Boletim das Usinas Eólicas, publicado, ontem, pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), com base nos dados contabilizados em janeiro de 2014. Em todo o País, a capacidade instalada dos parques eólicos em operação comercial foi de 763 MW médios contra 612 MW médios em janeiro de 2013, salto de 25%. Conforme o boletim, a capacidade instalada das usinas eólicas associada à energia comercializada no Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica) correspondeu a 43,6% do total de 2.211 MW, enquanto os montantes associados à energia comercializada nos leilões do ACR e no ACL representaram 36,6% e 19,8%, respectivamente.

A geração média no início do ano correspondeu a 35% da capacidade instalada, o que coloca o Brasil, em termos de fator de capacidade, em patamar superior ao de países com maior potencial de geração eólica. Em 2012 os valores médios verificados para a China, Estados Unidos e Espanha, por exemplo, foram 18%, 33% e 24%, respectivamente.

AVALIAÇÃO REGIONAL

Em janeiro de 2014, a geração eólica no submercado Nordeste representou 78% do total de geração das usinas eólicas no Sistema Interligado Nacional (SIN). Já a participação da geração do submercado Sul foi de 20%, enquanto a do Sudeste ficou em 2%. Em 2013, houve oscilação do montante gerado entre janeiro e março, redução em abril e aumento a partir de maio, com pico registrado em outubro. Por outro lado, no mesmo ano, a geração no submercado Sul apresentou pequenas oscilações até julho, voltando a crescer a partir de agosto e atingindo o ápice em novembro. A geração no submercado Nordeste apresentou aumento de 39% em janeiro de 2014, em relação a janeiro de 2013.

Os estados do Ceará, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Bahia e Santa Catarina são os que figuram a maior capacidade instalada em operação comercial. Além disso, em janeiro deste ano o Ceará, com suas 20 usinas, foi o Estado com maior geração, atingindo o segundo maior fator de capacidade médio no mês, de 43%. O Estado com maior fator de capacidade foi a Bahia, com 45% e oito usinas.

O Rio Grande do Norte, embora seja o estado com a terceira maior capacidade instalada em operação comercial, possui ainda uma capacidade de 534 MW de usinas do 2º Leilão de Fontes Alternativas (LFA) e 54 MW de usinas dos 2° e 3° Leilões de Energia de Reserva (LER), que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) considera em condições de entrar em operação comercial, mas que estão impedidas devido à restrição no sistema de distribuição e/ou transmissão para conexão ao SIN. Havia em dezembro de 2013, no Rio Grande do Norte, 324 MW de capacidade de usinas dos leilões de energia de reserva citados que, em janeiro de 2014, iniciaram a operação de unidades geradoras em teste.

HISTÓRICO

Com relação ao histórico de geração, nos últimos 13 meses, nos cinco estados com os maiores montantes gerados de energia eólica, os estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul apresentaram valores menores no período de abril a julho de 2013. Em seguida, houve aumento de geração até ser atingido o pico nos meses de outubro e novembro de 2013 - sendo que, em janeiro, a geração desses estados atingiram as médias de 288 MW, 166 MW e 110 MW -, respectivamente. Diferentemente dos demais estados, a Bahia apresentou tendência de crescimento da geração até agosto de 2013, decaindo em seguida e voltando a crescer em janeiro de 2014, aproximando-se, inclusive, da geração do Rio Grande do Sul.

 

Fonte: O Estado Online (Jornal O Estado do Ceará)