Pular para o conteúdo principal

Publicado em: 23/09/2014

Categoria

BALANÇO - Governo reduz pela metade previsão de alta do PIB em 2014

Expectativa anterior era de um crescimento de 1,8% para o ano de 2014. Seria o pior resultado desde 2009, quando houve uma contração de 0,33%

Diante do fraco desempenho da atividade econômica no primeiro semestre, a equipe econômica reduziu para a metade a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014. A estimativa caiu de 1,80% para 0,9%. Apesar do recuo, a nova estimativa ainda é considerada otimista. Os analistas do mercado financeiro projetam, segundo a última pesquisa semanal Focus do Banco Central, uma alta de apenas 0,3% para o PIB deste ano.

A nova projeção de PIB do governo foi incluída no quarto relatório bimestral de reprogramação do Orçamento, divulgado ontem, pelo Ministério do Planejamento.

A estimativa de PIB é usada como parâmetro para as projeções de receitas e despesas. A primeira previsão do governo era de que o PIB cresceria 2,50% este ano. No relatório, o governo manteve a projeção de IPCA em 6,2%. O mercado projeta que o IPCA terminará o ano em 6,3%.

No primeiro relatório de reprogramação orçamentária, divulgado em março, o governo previa o IPCA em 5,30%. A estimativa de IGP-DI em 2014 caiu de 7,25% para 4,60%.

Previdência

Contrariando todas as expectativas dos analistas econômicos que projetam um aumento do rombo das contas da Previdência, o governo elevou em apenas R$ 524,7 milhões a projeção de gastos com o pagamento dos benefícios do INSS.

A previsão de arrecadação com receitas previdenciárias foi mantida em R$ 346,839 bilhões. Com esse aumento, a projeção de déficit da Previdência subiu para R$ 40,6 bilhões, ante R$ 40,1 bilhões, conforme previsto no decreto de programação orçamentária divulgado em fevereiro.

A previsão de déficit já foi motivo de polêmica no governo. O ministro da Previdência, Garibaldi Alves, contestou a estimativa de déficit de R$ 40,1 bilhões, afirmando que o rombo ficaria na casa dos R$ 50 bilhões, o que colocou em descrédito o compromisso do governo de cumprir a meta fiscal de R$ 99 bilhões

Depois de ser pressionado pela área econômica, o ministro voltou atrás na sua estimativa. O mal-estar levou o Ministério da Previdência a suspender as entrevistas mensais para divulgação do resultado do INSS. (Folhapress)

 

Fonte: Jornal O Povo