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Publicado em: 14/08/2015

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Dia no Senado é marcado por debates em torno da Agenda Brasil

O conjunto de medidas defendidas pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, para o país recuperar a credibilidade externa e interna e retomar o crescimento econômico – batizado com o nome de Agenda Brasil – concentrou as atenções dos senadores nesta quinta-feira (13).

Logo pela manhã, Renan anunciou a intenção de apresentar na próxima segunda-feira (17) um cronograma de votações de algumas propostas constantes da agenda em relação às quais ele acredita haver razoável grau de convergência. À tarde, o presidente do Senado recebeu o ministro do Desenvolvimento, o senador licenciado Armando Monteiro, que elogiou a pauta anticrise.

– A iniciativa do presidente Renan me pareceu muito oportuna. O Brasil tem que ter uma visão de futuro, uma agenda estruturante. Tenho certeza que, no curso do debate, ela vai ser enriquecida pela contribuição de diversos setores da sociedade – afirmou o ministro.

Em pronunciamentos no Plenário, diversos senadores se manifestaram a respeito do assunto. Ronaldo Caiado (DEM-GO) qualificou a Agenda Brasil como um “acordo de cúpulas” e afirmou que o povo é que definirá, a partir das ruas, a pauta que realmente interessa ao Brasil. Citou como exemplo os protestos marcados para este domingo (16).

Jorge Viana (PT-AC) considerou “corajosa” a atitude de Renan e defendeu o entendimento das lideranças políticas em torno de questões que atendem a demandas não do governo federal ou de determinada facção partidária, mas de todo o país.

– Nós vamos ter fazer os ajustes na sociedade, algumas reformas importantes, para o país voltar a caminhar, e talvez melhor do que o que estava caminhando, mais para a frente – disse o senador, para quem o governo Dilma Rousseff deve reconhecer e corrigir os seus erros.

O líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE) advertiu que o Brasil vive um cenário no qual todos os avanços sociais e conquistas econômicas dos últimos anos estão sob risco e essa situação merece ser enfrentada com tranquilidade.

– A Agenda Brasil não é a tábua de salvação desse ou daquele partido, inclusive do governo. Mas representa um grande gesto do Parlamento à sociedade pelo diálogo e pelo entendimento – afirmou.

Para o líder do PT, Humberto Costa (PE), o momento é de pensar o futuro do país. Criticando a oposição, por insistir na “pauta da crise”, ele completou:

– Aqui estamos construindo uma agenda substantiva entre Executivo e Legislativo para geração de mais empregos, para controle da inflação, para atração de novos investimentos, para criação de uma economia dinâmica, moderna, em que os brasileiros possam crescer com o próprio trabalho e depender cada vez menos de governos – disse ele.

Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) sugeriu que a Agenda Brasil contemple a revisão dos mecanismos de arrecadação tributária.

– Precisamos administrar melhor os tributos – afirmou a senadora.

O líder do PDT, Acir Gurgacz (RO), defendeu o desarmamento dos espíritos em favor da busca de soluções para os problemas econômicos enfrentados atualmente pelo Brasil.

– Precisamos acabar, de uma vez por todas, com brigas entre políticos e partidos. Isso tem que ser deixado para a época das eleições – declarou.

 

Fonte: Agência Senado