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Publicado em: 21/08/2015

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Renan critica aumento de impostos após Senado aprovar desoneração

Um dia após o Senado referendar a proposta que reduz a desoneração da folha de salários de grande parte dos setores produtivos do país, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse não concordar com a "lógica de aumento de imposto sempre".

Para ele, o governo deveria fazer cortes de despesas, de ministérios e de cargos em comissão para que a presidente Dilma Rousseff mostre à sociedade que "está fazendo a parte dela".

"O Brasil já tem uma carga muito grande, taxas de juros altíssimas, não dá para cada vez mais pensar em aumentar impostos, a sociedade não aguenta mais essa carga", disse.

O peemedebista voltou a defender o avanço na análise das propostas que integram uma agenda apresentada por ele e outros senadores com propostas para, segundo eles, ajudar na retomada do crescimento econômico do país.

"Acho que essa fase do ajuste passou efetivamente. O que nós precisamos cuidar agora é de uma agenda suprapartidária que garanta a previsibilidade, a segurança jurídica, que colabore para a retomada dos investimentos que resolvam problemas cruciais como saúde, educação e segurança. [...] precisamos retomar as reformas estruturais para que este país volte a crescer e acabe com esse baixo astral que está tomando conta de todo mundo", disse.

MAIORIDADE PENAL

Renan afirmou que a proposta de redução da maioridade penal de 18 para 16 anos tramitará normalmente no Senado, apesar de ele ser contrário à proposta. O projeto foi aprovado pela Câmara nesta quarta-feira (19) e agora será analisado pelos senadores agora.

"Eu não sou a favor, o que não significa que a matéria não vai tramitar. A matéria vai tramitar sim no Senado Federal e o Senado já votou a atualização do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que, do ponto de vista da sociedade, é uma resposta mais consequente", disse Renan.

A redução da idade mínima para imputação penal valerá para os cados de crime hediondo, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte.

 

Fonte: Jornal O Estado