Seminário realizado pela AUDITECE SINDICAL tem participação massiva dos filiados
A AUDITECE SINDICAL, em parceria com a ESET - Universidade Corporativa, realizou na manhã desta terça-feira (18) o seminário "Auditoria Contábil - Aplicações na Auditoria Fiscal", com a presença massiva dos seus filiados.
O evento, que é o marco inicial de outros com objetivo de proporcionar educação continuada aos AFRE, contou com a fala inicial do diretor-executivo da AUDITECE, Juracy Soares, acerca do movimento de disrupção da economia.
Soares provocou o corpo de filiados presentes a identificarem e saírem de suas zonas de conforto, pois um movimento de automação e de revolução tecnológica provoca disrupção em praticamente todas áreas de atuação profissional e nos modelos de geração e manutenção de renda e emprego.
Para o diretor, é necessária uma mudança de mindset para reposicionar o AFRE: “Precisamos deixar de pensar como executores e passar a agir como executivos. O trabalho de entrelaçamento de dados pode ser feito muito melhor e muito mais rapidamente pela máquina. A Casa está partindo para ‘zero emissão de papel’ e essa atividade, nos próximos anos, será realizada por ‘programa robôs’. O papel do auditor-fiscal será ficar atento a esses movimentos, o perfil do novo auditor será de contribuição na gestão de macrossegmentos”, indicou.
O palestrante ainda destacou que um dos principais meios para se preparar para essa revolução é a educação continuada. Por isso, é tão importante a participação em eventos como os de hoje e que serão promovidos pela AUDITECE SINDICAL mensalmente.
A convite da AUDITECE SINDICAL, o Seminário contou com a participação do coordenador da CATRI, Eliézer Pinheiro, que esclareceu algumas mudanças na legislação, que foram abordadas em eventos com a presença dos supervisores e com os gestores da SEFAZ-CE, durante todo o dia de ontem (17). Ele explicou as modificações versam especificamente sobre o capítulo “Das Penalidades” e garantiu que toda a série de alterações será disponibilizada.
Em seguimento à programação, o AFRE José Rodrigues explanou acerca da contribuição da contabilidade na Auditoria Fiscal do ICMS na SEFAZ-CE, apontada por Soares como um dos caminhos possíveis à mudança do perfil do AFRE. Rodrigues apresentou um resumo dos resultados levantados em sua dissertação de mestrado - disponível integralmente no site da SEFAZ-CE - que abordou o tema supracitado.
“A Contabilidade é uma grande aliada na identificação de fraudes e sonegação, prestando relevante serviço à sociedade, apresentando índice de recuperação de créditos bastante efetivo. Entretanto, ainda é pouco utilizada na atividade de auditoria fiscal do ICMS na SEFAZ/CE”, avaliou. Para ele, a Auditoria Contábil é uma via de levantamento imprescindível, vislumbrando que a escrita fiscal está inserida na contabilidade.
Os presentes também prestigiaram a palestra do diretor executivo da ESET – Universidade Corporativa, Albanir Ramos, que abordou de forma aprofundada as aplicações da Auditoria Contábil na Auditoria Fiscal.
Ramos expôs alguns paradigmas que se apresentam ao desenvolvimento das atividades dos AFRE’s, tais como: a Flexibilização do direito à espontaneidade; a Era Digital das obrigações acessórias; a automação dos processos e rotinas de arrecadação e fiscalização; a disseminação da ST e carga líquida; e a adoção das NIC’s pelo Fisco Federal. Na contramão desses movimentos, o palestrante destacou a redução de multas relacionadas com a prestação de informações em formato eletrônico.
O diretor da ESET sugeriu aspectos que podem ser considerados como caminhos “por onde começar”. Para ele é preciso alcançar a harmonização de procedimentos e entendimentos; conhecer a diversidade de análises e a instrumentalização técnica e legal; além de almejar saltos qualitativos, por meio de grandes projetos, tais como a Escrituração Contábil Digital e a Escrituração Contábil Fiscal.
O AFRE indicou casos e desafios específicos nos quais a o conhecimento da técnica contábil é fundamental, apreciando os caminhos e paradigmas apontados. Para alcançar esses saltos qualitativos, Ramos defendeu o endurecimento das penalidades relacionadas a escrita contábil principalmente por estabelecimentos; regulamentação do uso das informações bancárias, novas alterações das infrações e penalidades, utilização e/ou desenvolvimentos de softwares de análise contábil, criação de grupo especializado de análise e apoio, constituído como uma unidade administrativa.
O Seminário ainda contou com a fala do filiado Maykon Eccard, líder do grupo que idealiza e constrói o projeto Governança Corporativa. Ele explicou que a proposta busca a automação da ação fiscal. Eccard ressaltou que também foi incluído, por meio de um aditivo, o planejamento das ações. Para ele, um dos principais objetivos do projeto é a padronização das atividades.
O encerramento do evento foi o sorteio de cinco inscrições para o 11º Congresso Nacional, 6º Internacional da Febrafite e 2º Congresso Luso-Brasileiro de Auditores-Fiscais entre os associados presentes. Os ganhadores foram Albanir Ramos, Cássio Bandeira, Daniel Cunha, Hamilton Monteiro e José Rodrigues.