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Publicado em: 24/08/2015

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União da América Latina atrairá investimentos

A maior integração comercial e econômica na América Latina, com o fortalecimento da região no cenário global, passa pela integração energética, investimentos em infraestrutura e empreendedorismo para atrair investimentos. Esses temas foram acordados na assembleia do Conselho Empresarial da América Latina (Ceal), em Porto Rico, com a participação de mais de 100 empresários e chefes de Estado. “Isso, dentro de uma expectativa onde podemos atrair mais investimentos, fazer mais comércio e ter uma posição de destaque entre os grandes blocos”, disse o presidente internacional do Ceal, o engenheiro Ingo Ploger. O Produto Interno Bruto (PIB) latino-americano é cerca de US$ 9 trilhões. “É metade do PIB dos Estados Unidos e da União Europeia, e equivale a dois terços do PIB da China”, afirmou.

Ele ressaltou que existem cadeias produtivas globais estratégicas e bem posicionadas, na região, entre as quais as proteínas vegetais e animais, além de recursos naturais. Os países latino-americanos também somam cada vez mais serviços na sua pauta de exportação. Nessa área, tem crescido muito a indústria do turismo, observou. Já o vice-presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), embaixador José Botafogo Gonçalves, disse que os caminhos propostos podem fortalecer a América Latina. “Embora seja uma região muito vasta, os países têm aspectos em comum importantes. Boa parte deles faz parte do grupo de economias emergentes, onde há uma incorporação crescente de consumidores na nova classe média”, ressaltou.

O presidente do Ceal confirmou que o Investimento Estrangeiro Direto (IED) dividido pelo PIB da América Latina é mais alto que nos Estados Unidos (EUA), União Europeia ou China. A relação de IED na região é, atualmente, de 1,7% do PIB, contra 1,1% na União Europeia, 0,8% na China e 0,7% nos EUA. Segundo Ploger, uma das respostas para explicar por que os estrangeiros estão, proporcionalmente ao PIB, investindo mais na América Latina, é porque a infraestrutura nos EUA e na Europa está bem estabelecida. “Há pouco a investir”. Em relação à China, o governo não permite que o investimento estrangeiro atue no setor. “E a América Latina permite.”

Fonte: O Estado do Ceará