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Publicado em: 06/11/2013

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SUPERSIMPLES - Shoppings querem aumento no teto

06/11/2013.

No Congresso Internacional do Varejo (Brasilshop), que aconteceu ontem em Fortaleza, o setor de shoppings defendeu a ampliação do teto do Simples, cujo projeto aguarda votação na Câmara

O presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahyoun, afirmou que o setor trabalha pela aprovação do aumento do teto do Supersimples. “Sabemos que mais de 70% das lojas de shoppings são micro e pequenas empresas. Temos consciência de que aumento do teto é algo importante para essa categoria”, disse ontem na segunda edição do Congresso Internacional do Varejo, BrasilShop, em Fortaleza.

Ele se refere ao projeto de atualização do Estatuto das Micro e Pequenas Empresas, do deputado Cláudio Puty (PT-PA), que, entre outros pontos, pede que a alteração do limite de faturamento anual para enquadramento no regime simplificado, que desde 2012 é de R$ 360 mil para as microempresas e de R$ 3,6 milhões para as pequenas empresas, passe para R$ 432 mil e R$ 4,32 milhões respectivamente. O projeto aguarda votação na Câmara dos Deputados para ser votado.

Nabil foi o anfitrião do evento e recebeu a convidada Ília Alencar, diretora-presidente da Jereissati Centros Comerciais, que substituiu o presidente do Grupo Calila, Tasso Jereissati, no pronunciamento de abertura. Ela destacou que o Grupo Jereissati não tem o interesse de abrir shoppings no Interior do Estado e que o grande problema do varejo ainda é a burocracia. “Em 14 anos no Brasil, a grife Zara abriu 42 lojas. Em cinco anos na China, eles abriram 148 lojas. Isso representa o grande entrave do varejo: a burocracia”, disse, ressaltando que o shopping ainda está em negociação para que a Zara seja uma das lojas na expansão do Iguatemi que estará pronta a partir de novembro de 2014. O investimento da nova estrutura, que vai receber 188 lojas, é de R$ 360 milhões, segundo ela.

O shopping também se prepara para lançar em dezembro deste ano a primeira sala de cinema Imax de Fortaleza, que oferece uma tela maior do que a tradicional, côncava e projeta filmes em 70mm. No evento, Ília questionou a capacidade do Estado em oferecer o que se conhece por “outlet”, denominação para o novo mercado de vendas a varejo, no qual os produtores e industriais vendem seus produtos diretamente ao público. “Nesses esquemas, o atrativo é o preço. Mas será que temos um estoque para mantê-lo?”, questionou.

O Brasilshop é voltado ao setor varejista de shopping center no Brasil. De acordo com dados divulgados pelo evento, Fortaleza possui 25 shoppings, com mais de 3.200 lojas gerando 280 mil empregos, outros sete shoppings estão sendo construídos e gerando mais de 1600 lojas.

 

Repórter - Janaína Marques

Fonte: Jornal O Povo