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Publicado em: 26/08/2014

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Refinaria movimentará US$ 15 bi entre Brasil e China

Segundo Charles Tang , presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil China, as refinarias do Ceará e do Maranhão movimentarão, juntas, US$ 30 bilhões entre os dois países

A construção da reffinaria Premium II, no Pecém, deve movimentar cerca de US$ 15 bilhões no comércio entre Ceará e China. Juntando com a refinaria Premium I, no Maranhão, o valor movimentado entre Brasil e o gigante asiático chegará a US$ 30 bilhões. Segundo Charles Tang, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil China, as transações entre os dois países chegará a US$ 100 bilhões neste ano.

Tang, que foi um dos participantes do painel Brasil China: oportunidades de investimentos - a Agenda 2021, ressalta que a realização da Cúpula dos Brics em Fortaleza fez o mundo conhecer a cidade. “Foi uma propaganda gigantesca para a Cidade. Muitos estrangeiros nem sabiam nada sobre Fortaleza”.

Comparando Brasil e China, ele diz que o país asiático não é comunista na prática. “É um país bastante capitalista com um partido único no controle. Já o Brasil é um país capitalista, mas com uma economia bastante socialista, centralizada”.

Clodoaldo Hugueney Filho, embaixador do Brasil na China de 2009 a 2013, que articulou a formulação do Plano de Ação Brasil-China 2010-2014, destaca a evolução da economia chinesa. “A China é um ator importante no cenário mundial porque ela abraçou a globalização, e é uma prioridade para o mundo e para o Brasil”. Ele explica que o País foi deixando de ser processador de matéria prima para abraçar todos os elos da cadeia produtiva. “A China muda rapidamente”.

Cultura e Turismo

Em 1970, por exemplo, o Brasil tinha uma participação duas vezes maior no Produto Interno Bruto (PIB) mundial do que a China, complementou Francisco Mauro Brasil de Holanda, ministro de primeira Classe da carreira diplomática e diretor do Departamento da Ásia do Leste. Hoje, o PIB Brasileiro representa apenas 1/4 fo chinês. “Se há uma palavra para definir a China é mudança”. Para ele, além de se tornar em breve a maior economia do planeta, a China se tornará também o maior emissor de turistas do mundo.

 André Maciel, primeiro secretário e chefe da Divisão de Difusão Cultural do Itamaraty, destaca o mercado cultural do Brasil na China. “Os mais promissores são com relação à música, cinema e literatura. Inclusive a gente tem visto muitos autores brasileiros contemporâneos sendo levados para o mercado chinês, traduzidos para o mandarim”.

Comparando o Nordeste com a China em termos de potencial de crescimento, João Dummar Neto, vice-presidente do Grupo de Comunicação O POVO, diz que o seminário Futura Trends traz exemplos chineses que podem ser aproveitadas a inovação no Ceará. “Podemos adaptar práticas a nossa realidade”.

Dicionário

Agenda 21

Estabeleceu a importância de cada país em se comprometer no estudo de soluções para seus problemas socioambientais. Surgiu na conferência Rio-92.

 Fonte: O Povo Online (Jornal O Povo Online)