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Publicado em: 02/04/2014

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PERSISTENTE - Inflação da indústria perde força em fevereiro

02/04/2014.

Rio. A inflação da indústria de transformação perdeu ritmo em fevereiro. A alta nos preços dos produtos na porta de fábrica foi de 0,51%, após o salto de 1,43% verificado em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da desaceleração no indicador, a estiagem levou a um aumento nos preços dos alimentos, contrariando um movimento sazonal de baixa por conta da safra. A falta de chuvas prejudicou tanto a produção de soja, quanto a de leite neste início de ano.

A atividade registrou alta de 0,44% nos preços em fevereiro, após uma queda de 1,52% em janeiro. "Houve um aumento estranho de preços tanto de soja quanto de leite, mesmo numa época de safra, que não foi tão positiva quanto se esperou. Em fevereiro do ano passado, todos esses produtos caíram", ressaltou Alexandre Brandão, gerente do IPP na Coordenação de Indústria do IBGE.

O aumento nos alimentos só não foi maior na porta de fábrica, porque houve redução nos preços do açúcar cristal, devido à demanda menor do mercado externo, e da farinha de trigo, por causa da queda nos preços do cereal.

Eletrodomésticos

Ainda em fevereiro, os automóveis e eletrodomésticos também ficaram mais caros. Os fabricantes parecem ter enfim repassado aos produtos a elevação nos custos com o aço ao longo dos últimos meses. A atividade de máquinas, aparelhos e materiais elétricos - que compreende os eletrodomésticos - teve alta de 1,77% nos produtos em fevereiro, enquanto o segmento de veículos automotores aumentou em 0,65% os preços.

"Eles (os fabricantes) acharam que era oportunidade de repassar (aos produtos) esses custos, que foi meio de altos e baixos no ano passado. Então o setor segurou preços, mas agora em fevereiro foi o momento de recolocar", explicou Brandão.

Em fevereiro, a atividade de metalurgia registrou crescimento de 0,81% nos preços, após já ter apontado uma elevação de 4,30% em janeiro. Como resultado da sequência de aumentos, o segmento atingiu a maior alta acumulada em 12 meses, desde o início da série histórica do indicador, em dezembro de 2010: quando registrou 10,54%.

 

Fonte: Diário Online (Jornal Diário do Nordeste)