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Publicado em: 02/04/2014

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Perdas com fraudes chegam a R$ 2,3 bi

02/04/2014.

Segundo o levantamento, divulgado, ontem, pela Serasa Experian, as perdas com fraudes em transações financeiras somaram R$ 2,3 bilhões no Brasil em 2013. As fraudes do tipo off-line, de roubo de identidade, foram de R$ 1,2 bilhão, enquanto que as demais ocorreram na internet. Só em movimentações bancárias na web, via internet banking, as fraudes totalizaram o montante de R$ 600 milhões, e os prejuízos com o comércio eletrônico totalizaram, por sua vez, R$ 500 milhões.

O levantamento vem reforçar uma informação divulgada, ainda na última segunda-feira (31), pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). De acordo com as duas instituições, mais da metade dos consumidores brasileiros foi vítima de alguma fraude nos últimos 12 meses, uma vez que os dados mostram que 54% dos consumidores passaram pelo problema. São 5,4 milhões de vítimas somente nas capitais. A lista de práticas fraudulentas mais frequentes é encabeçada por casos de propaganda enganosa.

Conforme dados de mercado, divulgados pela Serasa, 30% dos usuários de cartão de crédito já tiveram problemas no Brasil, o que torna o País o quinto no ranking mundial desse tipo de golpe, atrás de Estados Unidos e México (ambos com 37%), Emirados Árabes (33%) e Reino Unido (31%). Através da internet, os golpes ocorrem principalmente durante a compra de produtos eletrônicos e de passagens aéreas, além do internet banking e da contratação de serviços por meio on-line.

TENDÊNCIA

Devido à Copa do Mundo, a situação pode ficar pior neste ano no Brasil, alertou a Serasa Experian. Em 2010, quando o torneio ocorreu na África do Sul, a perda bruta em cartões de crédito devido a fraudes aumentou 53% no país africano, informou a empresa. A incidência maior de golpes foi provocada pelo aumento do número de turistas e, consequentemente, do volume das transações comerciais. A recomendação é que as empresas tomem cuidados adicionais neste ano, em especial as redes de varejo e companhias aéreas.

Segundo os especialistas na indústria internacional de fraude, os golpistas brasileiros capturam as informações cadastrais, como números de CPF e de cartões de crédito. Com esses dados em mãos, os criminosos vendem as informações em leilões na internet. Os valores variam de R$ 5,00 a R$ 300,00, dependendo de variáveis como quantidade de informações disponíveis, bandeira do cartão de crédito e tipo de cartão (ouro, platinum, internacional etc). Os dados são comprados por criminosos e utilizados em transações não presenciais fraudulentas.

Nova ferramenta visa combater fraudes

A Serasa Experian escolheu o dia de ontem, 1º de abril, o dia da mentira, para apresentar o sistema Safety, criado pela 41st Parameter, uma companhia controlada pela empresa de consultoria. O sistema de segurança ajuda a detectar fraudes em transações com base em mais de 450 regras, que podem ser configuradas pelos clientes. Para a apresentação, feita em São Paulo, a Serasa Experian trouxe Frank Abagnale Jr, ex-fraudador americano, e associado ao FBI há 35 anos.

O sistema é uma solução que traz segurança a interações não presenciais, e trata-se de uma ferramenta de decisão para detecção de fraudes transacionais como no e-commerce, solicitações de cartão de crédito e abertura de conta, via web ou no Internet banking, entre outros. Por ser uma plataforma de decisão, ela avalia, em tempo real, fatores de risco como a reputação do dispositivo que acessou a conta, as informações cadastradas da proposta, o comportamento do usuário que está fazendo a proposta e diversos outros sinais de atividades que não são usuais.

A ferramenta aponta o risco da transação e quais inconsistências foram detectadas pelas mais de 450 regras que podem ser configuradas. Este processo, que possui tecnologia patenteada, permite, de forma assertiva, identificar e diferenciar os diversos dispositivos que estão acessando uma conta, inclusive detectar possíveis malwares. A solução é totalmente transparente para o consumidor. Segundo a Serasa, o Safety é de rápido acesso e fácil de ser operado, e o retorno sobre investimento (ROI) já pode ser obtido a partir de 45 dias.

 

Fonte: O Estado Online (Jornal O Estado do Ceará)