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Publicado em: 19/01/2016

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PAINÉIS SOLARES - Soliker negocia investir R$ 400 mi no Ceará

O novo investimento fortalece a retomada do crescimento de investimento em energias renováveis no CE, que inaugurou ontem a primeira fábrica de geradores da dinamarquesa Vestas no Brasil, um investimento de R$ 100 mi

A empresa de origem espanhola Soliker negocia, em fase avançada, a instalação de uma usina de energia solar no Ceará, com aporte da ordem de R$ 400 milhões - com uma etapa inicial de valor menor. A empresa já havia tomado a decisão do investimento e estava em busca da melhor relação entre a localização e parceria estadual, conforme O POVO apurou.

Anteriormente, Tocantins era uma das possibilidades anunciadas pela companhia, que, no Brasil, tem sede em Campinas (SP). O projeto será para uma capacidade instalada de 60 a 90 Mewatts (MW).

A Soliker Brasil faz parte da holding Sandylon Investments. Atua com soluções em energia solar. Fabrica vidros fotovoltaicos e iluminação LED, além de oferecer serviços de engenharia, implantação, instalação, coordenação e assistência técnica.

A empresa é considerada pioneira no Brasil no ramo de células fotovoltaicas aplicadas em vidros laminados.

1ª fábrica da Vestas

A fábrica da Soliker amplia o setor de energias renováveis no Ceará, que recebeu ontem a primeira fábrica de produção de geradores (turbinas) para energia eólica da dinamarquesa Vestas no Brasil, na BR-116, km 22, em Aquiraz. Foram R$ 100 milhões investidos, com a previsão de geração de 600 empregos, diretos e indiretos.

Para o presidente da Vestas, Rogério Zampronha, os aspectos decisivos para a escolha do Ceará foram a localização, os portos disponíveis, a intensidade dos ventos e a forma descomplicada e acessível com que atuou o Governo do Estado.

A presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, ressaltou que o Brasil foi considerado o segundo País que mais atraiu energias renováveis no mundo em 2015 e bateu recorde de instalação de parques eólicos, com 11 novos empreendimentos e novos 27 Gigawatts de potência instalada. No Brasil, 65% do que é gerado de energia eólica está no Nordeste. Ela ressaltou que o Ceará é o segundo que mais produz.

O governador Camilo Santana ressaltou a inauguração da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) em maio. Para ele, fortalece as energias renováveis, porque traz uma cadeira produtiva que serve ao setor eólico, por exemplo.

A Vestas está no Brasil desde 2000. Possui 364 turbinas instaladas no País, o que representa uma capacidade total para gerar 713 MW de energia. Além disso, a companhia já tem 376 MW em contratos firmados.

COMPLETAR CADEIRA PRODUTIVA- Titular da SDE anuncia três novas empresas

A Secretária do Desenvolvimento Econômico (SDE), Nicole Barbosa, ressaltou a importância de completar a cadeira produtiva da energia eólica. Para isso, reforçou que, por conta da Vestas, devem ser atraídas três novas empresas do setor para o Ceará. Os nomes ainda estão em sigilo.

“Vamos dar prosseguimento ao fortalecimento da cadeira produtiva de energias renováveis no Ceará. São fornecedores. Serão aqui do Estado, o que estamos fazendo em parceria com o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico no Estado do Ceará (Simec). Mas também com empresas de fora, se assim for necessário”, ressaltou.

Nicole aprofundou dizendo que apesar da CPS começar a operar em breve, a empresa produz a placa de aço e o setor precisa do aço laminado. “Precisamos de uma indústria de laminação. Temos torres, pás, geradores. Precisamos também de uma indústria de parafusos e fábrica de elevadores, por exemplo.

Parceria com a Aeris

A Vestas firmou parceria com as nacionais Aeris, produtora de pás eólicas e a ABB, responsável pela fabricação de geradores. “As parcerias com as empresas brasileiras reforçam o desenvolvimento da cadeia produtiva local e demonstram nossa confiança neste mercado”, ressaltou o presidente da Vestas, Rogério Zampronha.

 

Fonte: Jornal O Povo