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Publicado em: 18/06/2014

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Novos cálculos reveem rombo do setor elétrico

O governo refez os cálculos do custo das distribuidoras com a compra de energia das térmicas até o fim do ano e chegou a dois cenários. Se o custo da eletricidade no mercado de curto prazo continuar oscilando entre R$ 300 e R$ 400, como ocorreu nas últimas semanas, serão necessários mais R$ 5 bilhões para cobrir essas despesas. Mas se o custo da energia voltar para a faixa entre R$ 700 e R$ 800, a despesa sobe para R$ 9 bilhões até dezembro.

Essas estimativas incluem só o que será gasto com a energia que as distribuidoras não conseguiram contratar nos leilões oficiais, a chamada exposição involuntária, e o acionamento das térmicas, que custam mais caro que as hidrelétricas. Ficaram fora do cálculo eventuais desequilíbrios das usinas geradoras, assim como o impacto da diferença de preço da energia calculada nas tarifas das distribuidoras e o valor pago pelas empresas no leilão emergencial de abril. Se esses gastos forem incluídos, o desequilíbrio no setor elétrico sobe para R$ 14 bilhões.

A decisão sobre como tratar o rombo das distribuidoras esse ano será essencial para o cumprimento da meta de superávit primário do governo, fixada em R$ 99 bilhões. A necessidade de aportes adicionais pode comprometer o resultado. Na visão do governo, ainda não é hora de falar em aumento do socorro federal às distribuidoras. A estratégia é usar os recursos já previstos para adiar ao máximo qualquer decisão.

Fonte: Valor Online (Jornal Valor Econômico)