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Publicado em: 29/06/2015

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NOS EUA - "Sou obediente, não descumpro ordens", diz Levy

Questionado se descumpria ordens médicas para cumprir agenda nos Estados Unidos, Levy disse que é obediente. Ele elogiou redução do intervalo de variação da inflação, medida do CMN

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, chegou a Nova York por volta das 12h (horário local) e se dirigiu imediatamente para o hotel St. Regis para participar da reunião da presidente Dilma Rousseff com empresários brasileiros.

Questionado se descumpria ordens médicas ao viajar após ter sido hospitalizado com quadro de embolia pulmonar, Levy respondeu: “Sou muito obediente. Não descumpro ordens de ninguém”. O ministro disse que se submeteu a uma bateria de exames e os resultados indicaram que seu quadro clínico é bom. Ele afirmou estar se sentindo bem.

“Não se chegou a identificar um quadro completo (de embolia), não. Havia algumas indicações, mas fizeram os exames e deram tudo bem, como queria vir... Amanhã tem um encontro importante com os empresários, apresentando a parte de infraestrutura. Enfim, uma agenda ampla com a presidente, achei que era conveniente estar o time todo aqui”, disse.

Segundo ele, a recomendação médica é apenas descansar, dormir e se alimentar bem. “Vou tentar cumprir essa ordem”, afirmou, rindo, ao mesmo tempo que sugeria o melhor cenário para uma foto no aeroporto JFK, em Nova York: postou-se frente ao anúncio de um musical da Broadway que dizia “deliriously funny!” (incrivelmente engraçado, em português).

Mas já descumpriu na primeira hora de viagem, ao entrar na sala de reuniões com Dilma. Inicialmente, Levy iria para os Estados Unidos com a comitiva presidencial no sábado (27), mas devido à hospitalização viajou mais tarde, em um voo comercial.

 Inflação

Levy elogiou a redução do intervalo de variação da meta central de inflação de dois pontos percentuais para cima e para baixo em relação ao centro da meta, fixada nesta semana em 4,5% para o ano de 2017 pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A banda passou de 2 pontos percentuais para 1,5.

“É bom, é mais uma etapa e a gente está fortalecendo o sistema de metas de inflação. Aumenta a previsibilidade da economia brasileira e isso ajuda o trabalho que a gente está fazendo”, afirmou.

Também deu declaração otimista quanto à viagem do governo brasileiro aos Estados Unidos. “Acho que vai ser positiva. A gente tem bastante coisa para fazer, a economia está num momento importante, e é uma oportunidade boa. Como disse a presidente, lá em Washington, vai ser bastante positivo.”

O ministro afirmou que a revelação do conteúdo da delação do empreiteiro Ricardo Pessoa não deve ser tema das conversas com investidores. Ele não quis comentar. “Não é da minha área”, disse.

Saiba mais

O evento nos Estados Unidos

A presidente Dilma Rousseff iniciou ontem a agenda nos Estados Unidos, com encontro com empresários brasileiros.

O objetivo do encontro é discutir formas de ampliar o investimento das companhias, entre elas as principais multinacionais do país, no mercado norte-americano.

Desde o ano passado, os Estados Unidos são o principal destino das exportações brasileiras de manufaturados.

Números

1,5 ponto percentual será o intervalo de variação da inflação a partir de 2017

Fonte: O Povo