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Publicado em: 30/09/2013

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Municípios impulsionam economia do Nordeste

30/09/2013.

Desde 2008, os estados nordestinos passaram a ser o segundo maior consumidor dentre as regiões brasileiras

O potencial de consumo do Interior nordestino tem sido responsável pelo crescimento da economia regional acima da média nacional, desbancando o desempenho dos municípios localizados nas regiões metropolitanas. O Ceará vem se destacando neste cenário. De acordo com estudo do IPC Maps 2013- Índice de Potencial de Consumo, nos últimos cinco anos, os 169 municípios do interior cearense cresceram 5%. Nas localidades com mais de 10 mil habitantes, o poder de consumo aumentou 10%.

Os números foram apresentados por Marcos Pazzini, diretor do IPC Marketing Editora, durante palestra, semana passada, para as equipes comercial e de marketing do Sistema Verdes Mares. O especialista mostrou a evolução da migração do consumo nacional, com ênfase para a performance do Brasil e dos estados nordestinos, e ressaltou as oportunidades de negócios que estão surgindo ao longo dos anos.

Nordeste

"Sem dúvida nenhuma, o crescimento do Interior está bem mais significativo do que o registrado nos municípios da Região Metropolitana", reforçou. Desde 2008, o Nordeste passou a ser o segundo maior consumidor dentre as regiões brasileiras. De lá para cá, lembra Pazzini, a região não perdeu essa posição, tradicionalmente ocupada pelos Estados do Sul do País.

A pesquisa realizada pelo IPC Maps revela também que na região nordestina, Fortaleza é a segunda capital mais importante em termos de consumo. De cada R$ 100 que serão gastos no Brasil este ano, R$ 1,26 é desembolsado pelo consumidor fortalezense. "A ideia anterior era a de que em Recife o consumo era bem maior", afirma. No entanto, a cidade está em terceiro lugar com menos de R$ 1 real de consumo, perdendo para Salvador (R$ 1,45).

O estudo aponta que nos últimos cinco anos, o potencial de consumo do Interior do Ceará aumentou de 39% para 42% sua participação no total do Estado. "A maioria dos estados nordestinos registra crescimento de consumo no Interior, com exceção para Paraíba e Rio Grande do Norte", informa Pazzini.

Para reforçar o peso dos municípios nordestinos, o diretor do IPC Marketing mostrou a perda de participação das nove capitais no total de consumo regional. A Região Metropolitana de Fortaleza em relação ao Estado era responsável por 64% do consumo em 2003, caindo para 61% em 2008 e 58,1% em 2013. "Está ocorrendo uma perda da participação das nove capitais no total de consumo da região Nordeste, mas a região está crescendo graças ao desempenho dos municípios fora da região metropolitana, ou seja, do Interior", ressalta.

Negócios

Os dados que demonstram o poder de compra dos consumidores do Interior, na análise de Pazzini, reforçam a oportunidade de negócios que o Nordeste proporciona aos investidores. As empresas, segundo ele, precisam se estruturar para atender aos mercados em ascensão.

"No primeiro momento, o Nordeste se desenvolveu graças aos programas sociais do governo. Mas a partir do instante que você tem um mercado consumidor que é interessante para grandes empresas, novos investimentos aparecem com abertura de empresas, gerando, emprego, renda e consumo", destaca.

Esse círculo virtuoso, diz ele, faz com que o Nordeste tenha uma dependência muito menor hoje dos programas de transferência de renda do Governo Federal, resultado das oportunidades que estão surgindo.

Fonte: Diário do Nordeste