Pular para o conteúdo principal

Publicado em: 27/03/2014

Categoria

Governo autoriza reajuste de até 5,68% a partir de segunda

27/03/2014.

O reajuste médio autorizado ficou em 3,35%. O mais baixo foi de 1,02%. A medida atinge cerca de 9 mil medicamentos e varia de acordo com três níveis de concorrência

O Governo autorizou o reajuste de até 5,68% no preço dos remédios a partir da próxima segunda-feira. A medida deve ser publicada hoje no Diário Oficial da União (DOU). Esse percentual é exatamente a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, nos últimos doze meses.

A regulação atinge cerca de 9 mil medicamentos e varia de acordo com três níveis de concorrência dos remédios. A faixa com maior participação de genéricos -e, portanto, de maior briga por espaço no mercado- terá reajuste de 5,68%. Na faixa oposta, em que há menor concorrência, o reajuste máximo será de 1,02%.

De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 40% dos medicamentos regulados estão nessa categoria. A pasta indica ainda que, se todas as farmacêuticas e distribuidoras adotarem o teto do reajuste, o percentual médio será de 3,35%. Em 2013, o reajuste médio autorizado foi de 4,51%.

Estoque

A decisão, no entanto, não significa que o consumidor sentirá integralmente esse aumento, devido a concorrência entre empresas e descontos oferecidos. Segundo Deusmar Queirós, presidente do Grupo Pague Menos, é possível que as farmácias esperem o fim dos estoques para reajustar os preços.

“O Governo autorizou, mas ninguém é obrigado a reajustar imediatamente. Apesar disso, a maioria deve aplicar logo, porque a inflação está muito alta, precisa equilibrar os preços”, diz Deusmar.

Perguntado se o índice é justo para o setor, ele diz que o reajuste ideal seria de 8%, para compensar o aumento do salário mínimo (6,78% em 2014) e outros custos. “Mas remédio é um item de primeira necessidade. É compreensível esse índice”, explica.

O reajuste foi autorizado ontem pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamento (CMED), formado por um conselho de ministros. Para o cálculo, são considerados a inflação do período (de março de 2013 até fevereiro de 2014), produtividade da indústria, variação de custos dos insumos e concorrência dentro do próprio setor. (com agências)

 

SERVIÇO

Confira as categorias de medicamentos no site da Anvisa

http://bit.ly/1rCHeMS

 

Fonte: O Povo Online (Jornal O Povo)