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Publicado em: 04/11/2013

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Dilma nega aval à fórmula de alta dos combustíveis

04/11/2013.

A notícia da liberação foi divulgada em vários jornais do País, a partir de informação de fonte do Palácio do Planalto

Brasília. A presidenta Dilma Rousseff negou, por meio de nota, ter apoiado a proposta de uma nova fórmula para reajuste periódico dos preços dos combustíveis. Segundo comunicado divulgado pela assessoria da Presidência da República, "são infundadas as informações publicadas na imprensa, de que a presidenta tenha emitido opinião a respeito de mecanismos de reajustes de preços".

Reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo no sábado (2), informa que a presidenta deu aval ao cálculo do reajuste, atribuindo a informação a uma fonte do Palácio do Planalto. Outros veículos de comunicação reproduziram a notícia.

´Especulação´

A assessoria afirma que nenhum documento sobre o tema chegou às mãos de Dilma Rousseff e que as reportagens sobre o assunto são "especulação". Na última quarta-feira (30), a Petrobras publicou fato relevante com a fórmula da nova metodologia, atendendo a um pedido da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

No mesmo dia, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a divulgação não significa que a metodologia esteja aprovada. De acordo com o ministro, o tema ainda está sob estudo e a decisão sobre o assunto não pode ser tomada "de afogadilho".

Incomodado com a revelação de que a presidente Dilma Rousseff deu aval à criação de um "gatilho" para reajustar o preço dos derivados de petróleo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, pediu ao Palácio do Planalto um "desmentido" de informação publicada no último sábado, pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Mantega incomodado

"Ele ficou incomodado porque apareceu como derrotado no caso", informou um auxiliar da presidente. "Não chegou nenhum papel para a presidente, mas está decidido na cabeça dela." Sob pressão dos índices de inflação, Mantega resistia à concessão de um mecanismo permanente de reajuste dos preços do diesel e da gasolina. Ele criticou abertamente o anúncio da Petrobras sobre os planos para reajustes sistemáticos dos derivados.

Mas Dilma resolveu o embate interno em favor dos argumentos da presidente da Petrobras, Graça Foster, pela adoção de um novo sistema de reajustes. A pressão da Petrobras por aumento nos preços dos combustíveis não é nova. Com prejuízos anunciados pela direção da empresa, da ordem de US$ 1 bilhão, mensais, com a importação de gasolina e óleo diesel, a preços superiores ao de venda no mercado interno, a petrolífera vem buscando formas de recuperar o caixa, para bancar os investimentos necessários no campo de Libra.

 

Fonte: Diário do Nordeste