Desonerações mantiveram postos de trabalho

Outra medida do Plano Brasil Maior, pacote de medidas lançado pelo Governo Federal em 2011, foi desonerar a folha de pagamento. Neste caso, o objetivo de manter o nível de empregos foi alcançado.

De acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), referente à Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), no mês de março a taxa de desemprego foi de 7,9% da força de trabalho. A menor para o mês desde 2009. Já no total das seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo Dieese, a taxa saiu de 10,9% (2013) para 11,0%, em março deste ano.

Pesquisa

De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre os efeitos da desoneração da folha de pagamento para o setor, 63% dos entrevistados disseram que o nível de emprego aumentou com a medida. Enquanto em 2013 o percentual havia sido de apenas 18%.

A pesquisa revelou os principais benefícios citados pelos entrevistados foram a melhora no fluxo de caixa e redução do valor pago ao INSS. Além disso, 92% consideram que a medida deva ser permanente.

SERVIÇO

Acesse a íntegra da pesquisa da CNI

Onde: http://bit.ly/1tLM4rc

EFEITOS

Custos da desoneração

Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), de 2009 a 2013, o Governo Federal deixou de arrecadar R$ 6,1 bilhões com a desoneração do IPI para automóveis. Por outro lado, houve incremento de R$ 11,8 bilhões proveniente de recolhimento de PIS e Cofins sobre a venda de veículos.

Taxa de juros

Além do pacote de desonerações, o economista Ricardo Coimbra observa que apesar das últimas nove altas consecutivas da Selic, que passou de 7,25%, em abril do ano passado, para os atuais 11% ao ano, a inflação se manteve estável. Um dos motivos, ele diz, é que o gasto público continua elevado.

 PIB

Coimbra ressalta ainda que as medidas não tiveram impacto sobre o crescimento do País. Em 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) foi de 2,7%, e para este ano, a expectativa do mercado é de 1,63%. “Esses mecanismos estão sendo utilizados pontualmente, e o que se vê é que não há medidas de longo prazo”.

Repórter: Bruno Cabral

Fonte: Jornal O Povo