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Publicado em: 02/12/2014

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DESENVOLVIMENTO - Futuro ministro promete estímulo à competitividade

Confirmado ontem, o senador Armando Monteiro também defendeu o diálogo com o setor produtivo

Brasília. Após ser anunciado para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), o senador Armando Monteiro (PTB-PE) disse ontem (1º), que o que mais preocupa no saldo negativo da balança comercial é a queda nas exportações de manufaturados.

Ele fez um discurso de diálogo com o setor produtivo e adiantou que indústria e competitividade terão papel central na agenda do ministério. "O crescimento das exportações depende crucialmente da agenda da competitividade", salientou. A importância da indústria também foi citada pelo senador, que sucederá a Mauro Borges no ministério. "Não há como crescer mais sem que a indústria tenha dinamismo. Crescer pela indústria é o melhor caminho", afirmou.

Ele ressaltou que o crescimento da produtividade é a garantia das conquistas sociais dos últimos anos, já que permitirá a "sustentabilidade do aumento dos salários" e o fortalecimento da demanda doméstica.

Em entrevista no Palácio do Planalto, Armando Monteiro apresentou as ações que pretende implementar para cumprir o que definiu como desafio central: a promoção da competitividade brasileira. A desburocratização e simplificação do ambiente tributário, implementação de uma política de comércio exterior mais ativa e renovação do parque fabril foram citadas pelo futuro ministro como parte de uma "agenda positiva de indução ao processo de desenvolvimento sustentável".

O estímulo à inovação e o aperfeiçoamento do sistema de governança também foram lembrados por Monteiro, assim como a necessidade da redução de custos sistêmicos. Defendendo aliança do governo com o setor produtivo, em benefício da promoção da competitividade, ele observou que, como as ações apresentadas estão voltadas para a agenda microeconômica, o foco das políticas será aplicar medidas que não demandem esforço fiscal adicional. "Temos de buscar um modelo de financiamento que possa, por exemplo, estimular esse movimento de horizontalização, ampliação da substituição de equipamentos em todo o parque fabril do País".

Monteiro informou que promoverá a transição de sua nova equipe no próprio prédio do ministério, onde pretende conversar com Mauro Borges.

Repercussão

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou que a escolha do senador Armando Monteiro para ser o novo titular do Mdic "fortalecerá a relação do setor produtivo com o governo". "Desejamos que o novo ministro tenha sucesso na implementação de políticas que aumentem a competitividade do País. O Brasil enfrenta hoje os desafios de aumentar a produtividade e de reduzir o custo de produção", afirmou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Já a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) destacou que recebeu com satisfação a indicação do senador para o Mdic e lhe desejou "êxito na difícil tarefa de elevar a produtividade e competitividade da nossa indústria e de ampliar o comércio exterior brasileiro".

Opinião

'Ele confia no Estado do Ceará'

Desde o tempo de Armando Monteiro como presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), ele considerou o Estado do Ceará um estado irmão do Estado de Pernambuco (onde ele nasceu). Na época, ele escolheu Fernando Cirino Gurgel, então presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) para a diretoria financeira da Confederação. Quando uma coisa como esta acontece, você vê que uma pessoa acredita no Estado do Ceará.

Armando Monteiro confia no estado do Ceará e é uma daquelas pessoas que não considera aquele complexo de competição entre Ceará e Pernambuco.

Para ele, o Nordeste possui uma realidade única regional, onde cada estado tem seu espaço próprio.

Tenho uma convicção muito grande que Armando Monteiro vai dar apoio à Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), através do Centro Internacional de Negócios (CIN) e também acredito que ele vá apoiar o governador do Ceará e vai ter um excelente mandato à frente do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

Eduardo Bezerra

Presidente do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará

Fonte: Diário do Nordeste