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Publicado em: 08/06/2016

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COMÉRCIO EXTERIOR - CE tem 23º mês seguido de déficit na balança

Estado encerrou maio com saldo negativo de US$ 43,2 milhões. O último superávit foi registrado em 2014

Seguindo uma tendência que já dura quase dois anos, a balança comercial cearense voltou a ficar no vermelho em maio, quando fechou com saldo negativo de US$ 43,2 milhões. Trata-se do 23º mês consecutivo de déficit, tendo em vista que o último superávit do Estado foi registrado em junho de 2014, quando o saldo positivo foi de US$ 65,4 milhões. O resultado do mês passado foi fruto de um fluxo de US$ 80,7 milhões exportados e outros US$ 124 milhões importados pelo Ceará, segundo informou o sistema AliceWeb, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

Na comparação com o mês anterior, o déficit da balança comercial cearense mais que dobrou, já que saiu de um saldo negativo de US$ 21,1 milhões, em abril, para os US$ 43,2 milhões de maio - alta de 104,1%. No mesmo período, porém, tanto as exportações como as importações cearenses apresentaram avanço, tendo crescido 6,54% e 27,86%, respectivamente. O resultado, portanto, mostra uma evolução do comércio exterior do Ceará ente um mês e outro.

No acumulado dos cinco primeiro meses deste ano, a balança comercial cearense já acumula um déficit de US$ 326,6 milhões, fruto de US$ 394,3 milhões exportados e outros US$ 721 milhões movimentados com as importações. A receita corrente anual, portanto, já ultrapassou a marca de US$ 1,1 bilhão, de acordo com o Mdic.

Produtos

Assim como tem ocorrido ao longo dos últimos meses, as exportações cearenses de maio foram impulsionadas, principalmente, pelo comércio da castanha de caju e de couros e peles. O primeiro produto, por exemplo, respondeu por US$ 9,65 milhões de tudo que foi exportado pelo Ceará, enquanto o segundo movimentou US$ 8,06 milhões.

No acumulado do ano, os principais destaques das exportações cearenses são: castanha de caju, fresca ou seca, sem casca (US$ 42,6 milhões); couros e peles, incluindo as tiras, de bovinos, preparados, divididos, com o lado flor (US$ 38 milhões); calçados de borracha ou plásticos, com parte superior em tiras ou correias, fixados à sola por pregos, tachas, pinos e semelhantes (US$ 31,8 milhões); outros calçados cobrindo o tornozelo, parte superior de borracha, plástico (US$ 26,8 milhões) e ceras vegetais, com US$ 24,1 milhões.

Importações

Entre as mercadorias importadas pelo Ceará, o gás natural liquefeito permaneceu como o principal produto em maio, quando movimentou US$ 15,9 milhões, seguido de perto pela hulha, com os mesmos US$ 15,9 milhões gerados no período.

Neste ano, aliás, o gás natural liquefeito permanece como o produto mais importado pelo Estado, já tendo movimentado US$ 165,8 milhões nos cinco primeiros meses de 2016. Na sequência estão: outros trigos e misturas de trigo com centeio, exceto para semeadura (US$ 63,2 milhões); hulha betuminosa, não aglomerada (US$ 58,1 milhões); outras hulhas, mesmo em pó, mas não aglomeradas (US$ 25,9 milhões) e o glifosato e seu sal de monoisopropilamina (US$ 16,2 milhões).

Parceiros

Como de costume, o principal parceiro comercial das exportações cearenses neste ano tem sido os Estados Unidos, que já comprou US$ 102,1 milhões do Estado em 2016. Argentina (US$ 32 milhões), Alemanha (US$ 30,1 milhões), Hungria (US$ 27,1 milhões) e Holanda (US$ 22,4 milhões) também tiveram participação para o Estado do Ceará.

Entre as importações, a China tem liderado neste ano, tendo comercializado US$ 132,1 milhões com o Ceará até o momento. Estados Unidos, Colômbia, Noruega e Argentina são os outros parceiros significativos no mercado importador cearense.

Recorde nacional

Nacionalmente, a queda das importações em ritmo maior que o recuo das exportações fez a balança comercial do Brasil registrar superávit recorde para meses de maio. Isso porque, no mês passado, o País exportou US$ 6,437 bilhões a mais do que importou. Nos cinco primeiros meses do ano, o saldo positivo já é de US$ 19,681 bilhões.

Fonte: Diário do Nordeste