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Publicado em: 26/02/2016

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BALANÇO FINANCEIRO - Ceará é 2º que mais contrata FNE do BNB

Presidente do Banco, Marcos Holanda, diz que a meta é reforçar posicionamento como banco de desenvolvimento da região. Balanço aponta ainda acréscimo de contratação de curto prazo

O Banco do Nordeste (BNB) aplicou R$ 24,1 bilhões na sua área de atuação. Desse total, R$ 11,4 bilhões são oriundos do Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Nordeste (FNE). A Bahia foi o estado que mais contratou FNE, com R$ 3,2 bilhões. O Ceará vem logo em seguida, com R$ 1,79 bilhão. Depois, seguem Pernambuco (R$ 1,2 bilhão), Maranhão (R$ 1,2 bilhão) e Piauí (R$ 1 bilhão). Os dados são do Balanço Anual da Administração de 2015 do Banco.

“O Banco responde por cerca de 60% do crédito de longo prazo e por mais de 57% do crédito rural da região, com recursos preponderantemente do FNE”, afirmou o presidente do BNB, Marcos Costa Holanda, em seu comentário no documento.

Ressalta que “o Banco do Nordeste reafirmou seu compromisso de ser o Banco de Desenvolvimento da região.” Ainda conforme Marcos Holanda, a instituição financeira tem o maior programa de microfinanças da América Latina, consolidado por meio do Crediamigo e do Agroamigo. “O Crediamigo, destinado à microfinança urbana, alcançou a marca de 2 milhões de clientes ativos, registrando R$ 8 bilhões de desembolsos”.

Para 2016, ressaltou o compromisso de lançar o Cartão FNE, que ofertará os recursos do FNE tanto para giro como para investimento de forma ágil e segura.

Destacou ainda a criação da figura do economista-chefe, para ser o líder do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene).

Em 2015, ingressaram no FNE R$ 6,4 bilhões, contra R$ 6,1 bilhões ingressados em 2014, apresentando acréscimo de 6,2% nos saldos de aplicações em operações de crédito do FNE e de 45,4% no conjunto das disponibilidades e recursos comprometidos.

O saldo das disponibilidades do FNE cresceu de R$ 1,5 bilhão em 2014 para R$ 5,2 bilhões ao término de 2015. O saldo dos recursos comprometidos com operações de crédito teve redução de 2,7%, saindo de R$ 6,3 bilhões em 2014 para R$ 6,1 bilhões em 2015. “O aumento das disponibilidades decorre do fato de o ritmo das aplicações, por conta da redução da atividade econômica, ser menor que o dos novos ingressos e reembolsos”, aponta o documento. A queda de contratação de empresas de grande porte foi de 43%.

Crediamigo cresce

As contratações de curto prazo tiveram acréscimo de 4,4% em relação ao ano anterior. Do total, R$ 8,1 bilhões foram concedidos por meio do programa Crediamigo, correspondendo a 70,4% do volume realizado nos empréstimos de curto prazo. Teve uma expansão de 14,2% em relação ao ano anterior.

Equilíbrio no porte

O volume de contratações gerais das operações de crédito do BNB chegou a R$ 24,1 bilhões em 2015, uma baixa de 4,8% em relação ao ano de 2014. Investimento de longo prazo puxou negativamente, com queda de 35%. Além disso, investimento industrial teve queda de 38% nas contratações.

Mesmo assim, do total investido, R$ 12,6 bilhões (52,1%) destinaram-se a financiamentos de longo prazo, que cobrem investimentos rurais, industriais, agroindustriais, infraestrutura, comércio e serviços; e R$ 11,5 bilhões (47,9%) a empréstimos de curto prazo, abrangendo os produtos Crédito Direto ao Consumidor (CDC), capital de giro, cartão de crédito, conta garantida, câmbio, e desconto, bem como o programa Crediamigo.

NÚMEROS

5,2 bi de reais é quanto o BNB teve disponível do FNE para empréstimos em 2015

14,2% foi a expansão do volume de empréstimos realizados em 2015

Fonte: Jornal O Povo