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Publicado em: 02/06/2014

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20ª NO PAÍS - Fortaleza é a 7ª capital do NE em desenvolvimento, aponta Firjan

Índice calculado pela entidade leva em consideração dados sobre educação, saúde e emprego e renda

Apesar de continuar a frente da média nacional, Fortaleza é a sétima capital nordestina e a vigésima do País em nível de desenvolvimento, segundo o mais recente Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), que tem por base dados nacionais sobre educação, saúde, emprego e renda coletados em 2011. Conforme o levantamento, a Capital cearense experimentou desenvolvimento moderado no referido ano, atingindo a média de 0,7390 pontos - resultado 0,5% superior ao IFDM registrado em 2010, de 0,7355 pontos.

Considerando as vertentes emprego & renda, educação e saúde, Fortaleza apresentou retração de 1,9% no quesito emprego & renda (de 0,8221 para 0,8062), porém, cresceu 1,9% na educação (de 0,6596 para 0,6724) e 1,8% em saúde (de 0,7249 para 0,7383).

Atrás da performance de Fortaleza, com média de 0,7320 pontos - 1,8% maior ao IFDM medido em 2010 (0,7192 pontos), o Brasil seguiu a mesma tendência, recuando 0,6% no item emprego & renda e obtendo incremento de 3,9% e 2,1%, respectivamente, nos quesitos educação e saúde.

Na Região

Na liderança do Nordeste está Recife (PE), com média de 0,7829, em 2011, correspondendo a 1% de alta em relação ao ano anterior (0,7749). A capital pernambucana também experimentou queda no emprego & renda (-1%), atingindo média de 0,8139 pontos, e contabilizou expansão na educação (3,1%) e na saúde (1,5%), com respectivos 0,6915 e 0,8434 pontos.

O segundo lugar do ranking de desenvolvimento dentre as capitais nordestinas coube à Teresina (PI), que obteve média de 0,7627 pontos e atingiu o maior crescimento do IFDM na Região entre 2010 e 2011, de 2,3%. Em relação ao País, a capital do Piauí obteve a segunda maior variação, atrás somente de Manaus, que teve alta de 4,8% e IFDM de 0,7051 pontos.

Também a frente de Fortaleza, ocupam da terceira a sexta posições na lista do desenvolvimento das capitais do Nordeste, Natal, com média de 0,7618 pontos e variação de -0,1% de 2010 a 2011; São Luis (0,7595 pontos e -2,5%);João Pessoa (0,7494 pontos e 0,1%); e Aracaju (0,7458 e 0,3%).

Atrás de Fortaleza, em relação ao IFDM registrado em 2011 pelo indicador calculado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), estão Salvador e Maceió. Em oitavo lugar no Nordeste e 22º no país, a capital baiana teve média de 0,7215 pontos e variação positiva de 1,3% (2010/2011).

Já a capital alagoana, em nono e último lugar na Região e 26º do país, a frente apenas de Macapá (AP), obteve média de 0,6665 pontos, sendo a única capital do Nordeste com nível de desenvolvimento regular, abaixo da escala moderada atingida pelo Brasil e por oito das nove capitais nordestinas.

Maceió também teve a segunda maior variação negativa do País, de -3,5%, inferior apenas ao declínio experimentado por Brasília (-4,1%), que mesmo com índice negativo ocupa a 12ª colocação nacional, com média de 0,7693 pontos.

Escala

A escala adotada pela Firjan na obtenção do IFDM define que até 0,4 o desenvolvimento é baixo. Entre 0,4 e 0,6, a avaliação é regular. No intervalo entre 0,6 pontos e 0,8, o desenvolvimento é moderado e, acima desse patamar estão os municípios com alto desenvolvimento.

Com base nessa escala, em 2011, o topo do ranking nacional das capitais foi novamente ocupado por Curitiba-PR (média de 0,8678 pontos e alta de 0,5%), enquanto São Paulo-SP (0,8642 e 1,6%) e Vitória-ES (0,8462 e -1,5%) alternaram suas posições em relação a 2010. A capital paulista assumiu a segunda colocação por manter um bom desempenho na vertente emprego&renda, indo na contramão das demais capitais que, em grande maioria, apresentaram recuo na geração de empregos. Nesse quesito houve recuo em 24 capitais. Em contrapartida, constatou-se efeito positivo da melhora nas outras vertentes. Frente a 2010, 23 capitais avançaram no IFDM saúde e 25 no IFDM educação.

Desigualdades

Apesar dos avanços no desenvolvimento municipal constatados no estudo, que aponta 55% das cidades com desenvolvimento médio, o País não conseguiu romper com as desigualdades regionais. O levantamento aponta que, com a atual dinâmica de desenvolvimento das cidades, as regiões Norte e Nordeste levariam 29 e 26 anos, respectivamente, para alcançar os indicadores registrados em 2011 pelo Sul, onde 92,3% dos municípios registram desenvolvimento moderado ou alto. É a primeira vez que o índice registra o critério de desigualdade no cálculo do desenvolvimento.

 

Repórter: Ângela Cavalcante

Fonte: Jornal Diário do Nordeste