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Publicado em: 04/06/2014

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CONSUMO COMO MOTOR - Famílias vão evitar recessão

São Paulo. O consumo das famílias, que foi o motor da economia desde 2004 e ficou praticamente estagnado no primeiro trimestre deste ano, continuou fraco em maio, tomando-se o indicador antecedente das vendas do comércio varejista. Exceção ocorre no caso dos televisores e smartphones, cujas vendas estão sendo impulsionadas pela Copa do Mundo.

Para este ano, projeções indicam que o consumo das famílias vai crescer num ritmo igual ou até menor do que o Produto Interno Bruto (PIB). Com isso, o consumo deve mudar de função. "De potencializador do crescimento, o consumo das famílias neste ano deve evitar que a economia mergulhe numa recessão, ao lado dos gastos do governo", afirma o diretor da GO Associados, Fabio Silveira.

Se no passado o consumo das famílias foi o motor, agora ele será a âncora para evitar a recessão, compara Silveira. Por enquanto, ele projeta para 2014 crescimento de 1,5% para o PIB e o consumo, mas com possibilidade de que consumo tenha desempenho ainda mais fraco.

Resultados das vendas financiadas do comércio varejista da cidade de São Paulo confirmam a cautela do consumidor. Em maio, o número de consultas para compras a prazo aumentou 2,4% ante o mesmo período de 2013, levando-se em conta o mesmo número de dias úteis, segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) "Todo mundo está com pé atrás", diz o economista da ACSP, Emílio Alfieri. Ele ressalta que os consumidores estão dando preferência às compras de menor valor e pagas à vista. Tanto é que em maio as consultas para pagamento com cheque cresceram 6% na média diária em relação a 2013.

Fonte: Diário Online (Jornal Diário do Nordeste)