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Publicado em: 01/09/2014

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PESQUISA FGV - Abrir um negócio é anseio preferido entre jovens

Conhecer a carga tributária é essencial para saber se área é tão lucrativa como o esperado, dizem especialistas com mais de 20 anos de atuação em direito empresarial

O desejo de criar a própria empresa nos jovens é maior do que ter experiência em grandes companhias, morar no exterior ou investir na formação acadêmica, diz Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O estudo aponta que 80% dos jovens desejam empreender nos próximos 10 anos.

Considerando essa pesquisa os sócios fundadores do escritório LCDiniz & Advogados Associados que têm mais de 20 anos de atuação em direito empresarial, Marcelo e Marcos Diniz, elencaram uma série de cuidados que os empreendedores devem adotar para não ter prejuízo e vida curta.

Segundo os especialistas, o desconhecimento da carga tributária brasileira faz com que empreendedores lucrem menos. Destacam que conhecer a carga tributária é essencial para saber se área é tão lucrativa como o esperado.

Marcelo e Marcos Diniz observam que apesar de o momento econômico ser propício para a abertura de novos negócios – sete de cada dez empreendedores acreditam que o momento é bom, contra quatro há 12 anos –, algumas precauções são importantes e podem até determinar se o negócio vai prosperar ou não.

De acordo com os sócios do escritório LCDiniz & Advogados Associados, o maior problema para o empreendedor é não saber quanto será necessário gastar para apurar os impostos e administrá-los. Avaliam que não considerar esse custo causará uma administração ineficiente, especialmente a longo prazo.

Para os advogados, a falta de conhecimento sobre a carga tributária pode levar a um terceiro cenário: a falta do pagamento de tributos em dia, o que acarreta juros, multas, encargos e processos. Explicam ainda que na abertura de uma empresa, o ideal é criar um contrato social que, de fato, atenda à realidade do negócio – ou seja, que não seja padronizado, mas que seja desenvolvido para conter regras claras sobre a remuneração dos sócios, a divisão de lucros, a determinação dos papéis a serem desempenhados, regras para a dissolução da sociedade, entre outros tópicos. “Sempre que necessário, o contrato social pode ser atualizado; ele oferece segurança aos empresários”, lembra Marcos Diniz.

Os especialistas também comentam que um dos erros mais comuns dos empresários é a falta de governança do negócio.

CUIDADOS ANTES DE ABRIR UMA EMPRESA

1 - Falta de informação sobre a carga tributária

Entender a carga tributária no Brasil não é tarefa fácil e o maior problema para o empreendedor é não saber quanto será necessário gastar para apurar os impostos e administrá-los; não considerar esse custo causará uma administração ineficiente, especialmente a longo prazo.

2 - Sonho da lucratividade aquém do real

Consequentemente, ao não considerar a verdadeira carga tributária da atividade, a lucratividade do empreendedor ficará abaixo do esperado.

3 - Multas, juros e processos

A falta de conhecimento sobre a carga tributária pode levar a um terceiro cenário: a falta do pagamento de tributos em dia, o que acarreta juros, multas, encargos e processos.

 4 - Contrato Social

Ao se criar a empresa, o ideal é criar um contrato social que, de fato, atenda à realidade do negócio – ou seja, que não seja padronizado, mas que seja desenvolvido para conter regras claras sobre a remuneração dos sócios, a divisão de lucros, a determinação dos papéis a serem desempenhados, regras para a dissolução da sociedade, entre outros tópicos. “Sempre que necessário, o contrato social pode ser atualizado; ele oferece segurança aos empresários”, lembra Marcos Diniz.

5 - Acordo de cotistas

Um dos erros mais comuns dos empresários é a falta de governança do negócio. Muitos usam bens da empresa com fins pessoais – o que pode gerar um desequilíbrio para a saúde do negócio ou colocar o outro sócio que não faça uso desses bens em desvantagem. O ideal é criar um acordo entre os cotistas para determinar regras para situações específicas do negócio. “Outro erro muito comum é o empresário misturar contas pessoais com as da empresa”, afirma Marcelo Diniz. “Há empreendedores que pagam contas pessoais com o caixa da empresa; além de afetar a saúde financeira do negócio, essa situação pode ser entendida como fraude pela Receita Federal”, alerta.

Fonte: LCDiniz & Advogados Associados

 

Fonte: Jornal O Povo