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Publicado em: 08/09/2014

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Investidor é beneficiado com Selic estável

A manutenção da taxa básica de juro, Selic, em 11% ao ano, decidida na última quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), no último encontro antes do primeiro turno das eleições presidenciais, marcado para 5 de outubro, não surpreendeu ninguém. A expectativa de economistas e analistas do mercado financeiro é que ela permaneça estável também nas duas últimas reuniões do Copom agendadas ainda para este ano.

Alteração, por enquanto, está prevista apenas para 2015, quando a Selic poderia terminar o ano em 11,75% ao ano, de acordo com a projeção estampada na última edição do boletim Focus, do BC. A Selic não andou, mas está estacionada em nível considerado atraente para quem aplica em opções que têm o rendimento vinculado à taxa básica de juro, como os fundos DI e a Letra Financeira do Tesouro (LFT). Tanto o fundo DI quanto a aplicação direta em LFT na internet, pelo programa Tesouro Direto, tendem a render mais que a caderneta.

Referência

O motivo é que o fundo e a LFT, título da dívida pública federal, têm o rendimento referenciado na variação da Selic, enquanto o rendimento da poupança está tabelado em juro de 0,50% ao mês, acrescido de um ganho residual dado pela variação da Taxa Referencial (TR).

A interrupção da trajetória de alta da taxa básica, em abril, foi seguida por ajustes para cima, nos meses seguintes, nos juros cobrados do consumidor em algumas linhas de crédito, que agora passam por relativa acomodação. Até porque todas as taxas de juro estão mantidas em patamares altos, diante de um consumidor sem apetite para tomar crédito e de bancos sem disposição para emprestar, por causa do agravamento do risco da operação. Uma modalidade de financiamento em que os juros passaram a andar na contramão da Selic é o de compra de veículos. Com sobra de dinheiro em caixa, abastecido adicionalmente pela flexibilização do compulsório, os bancos cortaram os juros no financiamento de carro.

Crédito

Com dinheiro sobrando em caixa e fraca demanda de crédito pelo consumidor, a expectativa é que os bancos venham a cortar a taxa de remuneração na captação de recursos com a oferta de Certificados de Depósito Bancário (CDBs). Esse título bancário é um dos principais instrumentos que os bancos usam para captar recursos são oferecidos em várias linhas de financiamento.

Poupança

Com a taxa básica de juro da economia, a Selic, mantida em 11% ao ano, o rendimento da caderneta de poupança a ser creditado na conta do investidor nos próximos meses não tem alteração no critério de cálculo.

Os juros são fixos de 0,5% ao mês, ou 6,17% ao ano, mais a variação da Taxa Referencial (TR), que tem sido bastante modesta. A TR encorpa um pouco mais a remuneração de contas da caderneta que têm maior número de dias úteis no período.

Por exemplo, para as cadernetas com vencimento de 8 a 14 de setembro, a que vai render mais será a do dia 13, com 0,64% ao mês. Se esse resultado fosse repetido por 12 meses, essa caderneta pagaria um rendimento 7,9% no período. Um desempenho que seria suficiente para cobrir a inflação oficial acumulada no mesmo período, que está girando em torno de 6,5% Mas não há garantias de ganho real (acima da inflação) ao aplicador em caderneta de poupança. Primeiro, porque a inflação poderá passar a rodar acima dos atuais 6,5% e, segundo, porque nem todas as contas vão pagar um rendimento anual que beira os 8% ao ano.

Quem pode deixar o dinheiro aplicado por períodos mais longos encontra melhores opções na renda fixa, como os fundos DI e os títulos do Tesouro Direto, em aplicação pela internet.

Fonte: Diário Online (Jornal Diário do Nordeste)