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Publicado em: 09/09/2014

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MUDANÇA ANUNCIADA - Dilma confirma saída de Mantega se for reeleita

A presidente Dilma Rousseff confirmou que se for reeleita para um novo mandato, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não permanecerá no Governo. Segundo ela o motivo da saída se deve a problemas pessoais

A presidente Dilma Rousseff confirmou ontem que o ministro Guido Mantega (Fazenda) não fará parte de um eventual segundo governo da petista por questões pessoais. “Eu vi que, depois que falei equipe nova e governo novo, as pessoas fizeram várias ilações sobre o Guido Mantega. Ele comunicou que não tem como ficar no governo no segundo mandato por questões pessoais, que eu peço para vocês respeitarem”, afirmou Dilma em sabatina realizada pelo jornal “O Estado de S. Paulo” no Palácio da Alvorada, em Brasília (DF).

Na semana passada, Dilma já havia indicado que não manteria Mantega em um eventual segundo mandato ao ser questionada sobre a permanência do ministro.

“Eleição nova, governo novo, equipe nova. Dá azar falar de uma coisa que ainda não ocorreu. Mas é governo novo, equipe nova, não tenha dúvida disso”, afirmou Dilma em um evento de campanha em Fortaleza na última quinta-feira (4).

Economia

Candidata pelo PT à reeleição, Dilma garantiu que fará mudanças na sua política econômica em um eventual segundo mandato. “Eu pretendo melhorar a gestão. Não vou aplicar tudo igual ao que eu venho fazendo. Pretendo melhorar”, disse.

 A presidente afirmou que o país está preparado para as mudanças que ela deseja fazer, como a diminuição de alguns incentivos, que foram usados nos últimos anos para esquentar a economia.

“Vamos continuar focados em emprego e valorização de salário. Não concordo, como alguns acham, que a razão da inflação é a política de valorização do salário mínimo. Estamos recuperando a queda brutal que houve no Brasil no período anterior ao de Lula.”

Questionada sobre um possível reajuste no preço da gasolina, Dilma não quis falar sobre aumento e garantiu que não haverá tarifaço após o período eleitoral. “Eu não falo em reajuste de gasolina nem de quanto que vai ser”, disse.

A presidente explicou que entende a demanda da Petrobras por um reajuste no preço do combustível, devido à importação de alguns componentes primários, mas disse que não há nenhuma lei que obrigue a vinculação do preço ao mercado internacional.

Dilma explicou ainda que os Estados Unidos têm uma política semelhante em relação ao gás de xisto, que tem preço mais baixo para estimular a competitividade da indústria norte-americana.

Bancos

Dilma ainda rebateu as críticas de Marina em relação à política de subsídios de bancos públicos em seu governo. A presidente disse estar “extremamente preocupada” com a “forma” como estão tratando a questão dos bancos públicos e disse que a política de crédito adotada pelos governos do PT impediram ao país sofrer efeitos da crise econômica internacional.

 “Estou extremamente preocupada com a forma como estão tratando a questão dos bancos públicos. Logo depois do começo da crise, naquela ocasião, tanto o BNDES quanto o Banco do Brasil, quanto a Caixa Econômica Federal foram essenciais para que o país não sofresse com a crise. Foram eles que garantiram crédito”, disse.

A presidente também defendeu a política de incentivo à indústria de seu governo, ferramenta que ela considera “essencial” para ter ajudado o Brasil a não sofrer impactos da crise. (da Folhapress)

 

Fonte: Jornal O Povo