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Publicado em: 03/11/2014

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FOCO EM PRODUTIVIDADE - Política industrial deve ser mantida

Brasília. Mesmo diante de uma das piores crises já enfrentadas pela indústria brasileira, o governo não tem planos de mudar a rota adotada até agora. A ordem é manter e ampliar os programas em vigor, com foco no aumento da produtividade. A avaliação na equipe da presidenta é que o mau desempenho do setor é fruto da crise internacional e que, se não fossem os estímulos adotados a partir de 2008, a situação estaria pior.

Esse foi um dos principais pontos de embate entre as propostas de Dilma e do candidato tucano Aécio Neves durante a campanha presidencial. A oposição dizia que não havia funcionado a estratégia do governo do PT de concessão de créditos subsidiados a grandes empresas e um volume elevado de desonerações tributárias. Os petistas acusavam os tucanos de serem contra qualquer tipo de política industrial.

A política industrial do segundo mandato de Dilma deverá ser organizada em torno de três eixos: mais investimentos, melhora na educação e mais ganhos de escala. Os mecanismos deverão ser os mesmos, mas a equipe pretende melhorar a governança.

Pontos a implantar

Falta ainda implantar pontos da política industrial do atual governo, parte do Plano Brasil Maior, lançado em 2011. É o caso da criação do Fundo de Financiamento à Exportação (FFEX) e do Fundo Garantidor de Crédito à Exportação (FGCE). Além disso, neste ano faltou dinheiro para a principal linha de financiamento à exportação e equalização de taxas de juros, o Proex.

Duramente criticado pelos tucanos, o Programa de Sustentação de Investimentos (PSI), que prevê crédito do BNDES a juros baixos, deverá prosseguir em 2015. No entanto, as regras ainda não foram definidas.

Quanto ao programa que permite ao governo comprar preferencialmente produtos nacionais, a equipe de Dilma pretende garantir que ela seja aplicada a todos os produtos - e não só a alguns como é hoje.

Fonte: Diário do Nordeste