Pular para o conteúdo principal

Publicado em: 08/12/2014

Categoria

QUEDA DO PETRÓLEO - Cobrança da Cide pode ser favorecida

Rio. A queda da cotação do barril do petróleo tende a favorecer a Petrobras e o governo, mas nem tanto os consumidores de combustíveis, acreditam economistas. Com os preços superiores ao do mercado internacional, a tendência, acreditam, é que o governo aproveite a oportunidade para recompor o caixa da empresa e também o da União.

Alessandra Ribeiro, analista da Consultoria Tendências, e o especialista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Salomão Quadros apostam na retomada da cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre os combustíveis.

Já a partir de janeiro, a incidência do imposto esperada pela economista da Tendências é de R$ 0,28 por litro de gasolina, o que significará aumento de preço nos postos de gasolina de 12,7%, e alta, em janeiro, no IPCA de 1,10%. Sem esse aumento, a inflação oficial projetada é de 0,7%. "O governo está em uma situação fiscal difícil, e a Cide pode ser uma importante contribuição para aumentar a arrecadação", diz Alessandra.

Para Quadros, da FGV, o cenário ainda está indefinido e as oscilações na cotação internacional do petróleo devem persistir no começo do próximo ano. Apesar da queda do barril ter eliminado a defasagem "histórica" de preços da Petrobras, ele prevê novos aumentos de gasolina em 2015.

Fonte: Diário do Nordeste