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Publicado em: 09/12/2014

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Ajustes na economia podem ajudar crescimento

Já o presidente do Conselho Temático de Economia, Finanças e Tributação da Fiec, o economista Fernando Castelo Branco, analisando o desempenho da economia cearense, em 2014, foi desafiador para o setor industrial, principalmente pela elevação da participação dos importados, em um ano que o consumo parou de crescer e houve redução da oferta de crédito. Já o ano de 2015 deverá caracterizar-se por ajustes na economia e pode marcar o início de uma retomada do crescimento econômico – o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer em torno de 1% –, motivado, principalmente, pelo desempenho do setor industrial. “No final de 2015, caso haja estabilidade dos cenários econômicos internacionais e implantação de políticas de austeridade fiscal no Brasil, podemos imaginar uma trajetória mais expressiva de crescimento nos anos seguintes”, disse Castelo Branco.

Ele lembrou que a escolha da equipe econômica foi bem recebida pelo mercado, tendo o setor produtivo aprovado as mudanças ministeriais feitas pelo governo federal. Mas ressaltou que ela deve ter a autonomia necessária, pois, assim, será possível prever maior crescimento econômico e, o que é mais importante, de forma sustentável, uma vez que ocorrerá conjuntamente com responsabilidade fiscal. Sobre os setores que poderão sem impactados, disse que dependerá dos pontos em que haverá maior corte de gastos e do volume e direcionamento dos investimentos públicos. “O setor industrial se beneficiará da ampliação dos investimentos que contribuírem para a redução dos custos de produção, como, por exemplo, aqueles relacionados à infraestrutura. A redução desses custos é imprescindível para o aumento da competitividade da indústria brasileira”, destacou o economista da Fiec.

E ressaltou que a austeridade fiscal é benéfica para todos os setores, a longo prazo, garantindo continuidade dos fluxos de investimento externo e a recuperação da confiança do empresariado brasileiro com as decisões econômicas do País, refletindo-se em maiores investimentos privados e continuidade do ritmo de expansão dos empregos. “Devem ser acentuadas as políticas em prol da competitividade de nossa indústria. E, nisso, os entraves da indústria cearense são similares à nacional: excesso de burocracia, alta carga tributária, pouca flexibilidade nas relações de trabalho e infraestrutura de má qualidade, impactando diretamente na competitividade do produto nacional. Também existem pontos essenciais para alcançarmos o desenvolvimento econômico, como a necessidade de qualificar nosso capital humano, além de estímulos à inovação tecnológica”, completou Castelo Branco.

Fonte: O Estado do Ceará