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Publicado em: 25/06/2015

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SE APROVADA NO SENADO - Dilma deve vetar a emenda

O líder do Governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse que Dilma deve vetar a emenda recém-aprovada. O próprio presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também se manifestou contra a indexação. “Esse momento não é um bom momento para esse tipo de discussão”, disse.

Assessores presidenciais disseram à reportagem que o Governo vai tentar, primeiro, derrubar a medida no Senado. Em último caso, a presidente deve optar pelo veto.

Deputados governistas afirmam que, nesse caso, o Planalto precisará enviar um projeto de lei ao Congresso para garantir a política de valorização do mínimo, já que não há como vetar só a extensão da regra aos benefícios.

O Palácio do Planalto tentou impedir a mudança, enviando ministros ao Congresso. Em conversa com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Nelson Barbosa (Planejamento) avisou que o Governo tentaria impedir a alteração.

Nos bastidores, governistas atribuíram a derrota ao temor de deputados de se indispor com os aposentados e à insatisfação dos novatos com a demora do governo em garantir a eles o direito de apresentar emendas ao Orçamento deste ano. (das agências)

Fonte: O Povo

 

Câmara aprova texto de projeto que reduz desoneração da folha de salários

O plenário da Câmara aprovou nesta quarta-feira (24) o texto-base do projeto de lei que reduz a desoneração da folha de salários, uma das principais medidas do plano de ajuste fiscal do governo Dilma.

O texto aprovado –por 253 votos a favor, 144 contra e uma abstenção– eleva em mais de 100% a taxação para a maioria dos 56 setores beneficiados com o programa de desoneração da folha, mas abre exceções para alguns segmentos, com um aumento mais brando de tributação.

Nesta quinta-feira (25), os deputados ainda votarão emendas que podem alterar o teor do texto. Em seguida, o projeto irá para o Senado.

Além de transportes, comunicação e call center, o relator Leonardo Picciani (PMDB-RJ) incluiu de última hora o setor calçadista entre as exceções.

Ele também determinou que as empresas de massas, pães, suínos, aves e pescados não sofrerão aumento de tributação –uma versão preliminar do seu texto previa um aumento menor das alíquotas para esses setores.

Segundo Picciani, que é líder do PMDB na Câmara, com as alterações, o ganho de arrecadação com o projeto cairá para cerca de R$ 10 bilhões ao ano.

Ao anunciar a redução da desoneração, em fevereiro, o ministro Joaquim Levy (Fazenda) estimou uma economia anual de R$ 12,8 bilhões. Levy era contra estabelecer exceções, mas o governo foi obrigado a ceder para garantir a aprovação do texto.

A desoneração da folha, adotada no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, permitiu aos setores beneficiados substituir a contribuição patronal ao INSS por uma taxação sobre o faturamento (de 1% e 2%).

Neste ano, em um esforço para aumentar a arrecadação e cumprir a meta fiscal, o governo propôs a redução substancial desse benefício, com o aumento da tributação para 2,5% e 4,5%.

"É uma sinalização importante para o país", afirmou o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE). "A aprovação mostra que quando você constrói e pacifica, a base vota".

BEBIDAS

Picciani também introduziu em seu texto uma mudança na taxação de refrigerantes produzidos na Zona Franca de Manaus que, segundo o deputado, deverá compensar as perdas com o abrandamento proposto por ele na taxação de outros setores.

Seu relatório prevê que os créditos tributários obtidos pelas produtoras de bebidas frias, como refrigerantes e chás, instaladas na Zona Franca não poderão ser usados para abater impostos incidentes sobre outros produtos, como cerveja.

Segundo Picciani, o uso indevido desses créditos gera perdas para a Receita Federal que chegam a R$ 2,5 bilhões por ano.

Fonte: Folha de S. Paulo