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Publicado em: 08/10/2015

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Crise não atrapalha comércio exterior

A crise econômica que está assolando o País não deverá prejudicar os negócios que o Brasil está realizando no exterior, principalmente com as empresas do continente africano. O otimismo é do professor João Bosco Monte, presidente do Instituto Brasil-África, acrescentando que as transações comerciais que já estão definidas não deverão passar por alteração e outras que ainda estão em estudos serão confirmadas, o que é bom para os dois lados.

Ele afirma que a situação complicada é passageira, mas também possibilita o surgimento de novas oportunidades. “Essa crise prejudica, de forma momentânea, na cabeça das pessoas, porque dá ideia de que o Brasil parou. Isso não é verdadeiro, porque embora com dificuldades, as empresas brasileiras continuam lutando para manter os seus negócios, principalmente os que estão sendo realizados no exterior. É na crise que surgem grandes ideias”, ressaltou.

Ele observou que o Brasil passou batido foi no acordo internacional Transpacífico firmado com dez países e liderado pelos Estados Unidos. Isso, segundo Monte, foi muito ruim para o Brasil, porque enquanto não participa dos negócios, os outros dez países, dentre eles Cingapura, China e Japão, obterão ganhos. Por causa disso, segundo ele, prejudica as empresas, que deixam de ter expressão.

Ainda com relação à crise, João Bosco Monte disse que é circunstancial porque o Brasil deixou de fazer o dever de casa, que era necessário e obrigatório. O professor observa que a crise política é muito mais séria que a econômica, porque a primeira gerou a segunda. Ele reconhece, por outro lado, que a crise econômica traz muitas dificuldades à população.

Monte acredita que a partir da redução do ministério e de outras providências da presidente Dilma Rousseff, uma delas a redução de salários dela própria e dos ministros, pode significar uma melhora, embora pequena, da crise econômica. Mas ressaltou que ainda é cedo para se pensar que o que foi feito vai resolver, em definitivo, o problema como um todo.

Fonte: O Estado do Ceará