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Publicado em: 29/03/2016

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Dívida pública avançou 2,53% em fevereiro

A Dívida Pública Federal (DPF) cresceu 2,5% em fevereiro sobre janeiro, alcançando R$ 2,819 trilhões. Enquanto a dívida interna do Governo aumentou 2,73%, chegando a R$ 2,678 trilhões, a dívida externa recuou 1,16% na mesma base de comparação, a R$ 141,24 bilhões. Os números foram divulgados, ontem, pelo Tesouro Nacional.

O comportamento da dívida pública tem relação com o cenário político instável e com a capacidade do Governo de se financiar – que vem se deteriorando. Quanto maiores as incertezas, maior é o custo financeiro do governo em suas operações de crédito. Ou seja, os juros são mais altos e os prazos mais curtos. Seguindo trajetória vista em janeiro, no mês passado, os títulos corrigidos pela Selic aumentaram novamente sua representatividade, passando a 25,09% da DPF, sobre 24,78%.

A projeção é que a tendência continue, conforme já antecipado pelo Tesouro, com os papéis pós-­fixados encerrando o ano representando de 30% a 34% da dívida. Eles são mais demandados em momentos de percepção de aumento de risco pelos investidores. Os títulos prefixados seguem respondendo pela maior fatia da dívida: 36,56% em fevereiro, contra 36,08% em janeiro. Para 2016, a estimativa é que representem entre 31% a 35% da dívida pública federal.

Leve queda

Os papéis corrigidos pela inflação, por sua vez, passaram a 33,05% da dívida em fevereiro, abaixo dos 33,63% em janeiro. Sua participação no estoque anual é projetada em 29% a 33%. Em fevereiro, os investidores estrangeiros diminuíram suas aplicações em títulos da dívida interna a 17,72%, contra 18,91% em janeiro. Para 2016, o Tesouro fixou que a dívida total ficará entre R$ 3,1 trilhões e R$ 3,3 trilhões, segundo o Plano Anual de Financiamento (PAF).

Apesar de ter feito nova emissão neste mês, o Tesouro não pretende acessar novamente o mercado tão cedo. “Uma vez identificada janelas de oportunidade para fazer novas emissões, ao longo de 2016, nós vamos considerar reacessar o mercado, mas não há necessidade”, afirmou o coordenador de Operações da Dívida Pública do Tesouro, Leandro Secunho, lembrando que, até o início de 2017, o Tesouro já tem todos os dólares recomprados para o refinanciamento da dívida externa. Neste mês, o governo brasileiro emitiu US$ 1,5 bilhão em bônus de dez anos – primeira emissão soberana após o País perder o grau de investimento.

Fonte: O Estado do Ceará