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Publicado em: 30/03/2016

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Entidades querem resolução da crise

As principais entidades empresariais cearenses, do comércio e da indústria, publicaram ontem um manifesto defendendo que o País precisa encontrar soluções definitivas para que possa "retomar o rumo certo com urgência". O texto é assinado pela Associação Comercial do Ceará (ACC), Federação das Associações de Comércio, Indústrias, Serviços e Agropecuária do Ceará (Facic), Fecomércio Ceará, Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL Fortaleza), Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL-CE) e Sistema Fiec.

"Nos últimos meses, a situação em que se colocou o Brasil, portanto, nos exige posições firmes, não apenas em defesa da economia, mas em defesa da própria sociedade. Diante de uma sociedade que se mostra extremamente fragilizada, vemos que uma única coisa é consensual: para retomada do crescimento, o Brasil precisa resolver seus problemas políticos", diz o manifesto das entidades, intitulado Caminho sem volta. O Brasil pede urgência.

O presidente da FCDL-CE, Freitas Cordeiro, diz que o teor da nota é apartidário e que reproduz o sentimento não apenas do setor produtivo, mas da sociedade brasileira como um todo. "O Brasil está precisando de uma solução. Não podemos continuar da maneira que estamos. Está tudo parado, e isso nos preocupa muito", diz. "Somos responsáveis por segmentos representativos da economia do nosso Estado e do País. Não podemos ficar alheios a isso", acrescenta.

O manifesto diz que a resolução dos problemas políticos é determinante para que o País possa ampliar a responsabilidade fiscal, impor ajuste de gastos e revisar os juros sem comprometer a meta de inflação. "O que está acontecendo é que o Brasil econômico está prejudicado pelo Brasil político. E os interesses partidários estão quebrando o País", afirma Cordeiro.

O presidente da FCDL-CE destaca ainda que as instituições devem cumprir seus papéis constitucionais. "Está todo mundo angustiado, mas as pessoas têm de ser avaliadas, investigadas e, se for o caso, condenadas. E as instituições têm de ser preservadas". Com relação a um eventual novo governo, Cordeiro disse ser precipitada qualquer posicionamento antes de definida a situação. "Precisamos que o País encontre um rumo", finaliza.

Fonte: Diário do Nordeste