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Publicado em: 21/07/2015

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INDÚSTRIA - Estado prioriza setores para agregar valor aos produtos

Química e Eletrometalmecânica são as prioridades a serem desenvolvidas pelo Governo do Estado, por meio de subsídios do Executivo Federal

Com R$ 15 bilhões do Governo Federal para estímulo a vendas no Exterior no País, montante integrante no Plano Nacional de Exportação (PNE) 2015-2018, o Ceará trabalha com foco em setores estratégicos para agregar valor a produtos que o estado exporta. Por serem mais industrializados, Química e Eletrometalmecânica estão no centro da atenção.

“Temos pauta tradicional de exportação e temos de trazer produtos com maior valor agregado, promover exportações daqueles ramos industriais”, diz Cláudio Ferreira Lima, secretário-adjunto da Secretaria de Desenvolvimento do Estado (SDE). Como polos importantes dos setores, estão Vale do Jaguaribe, Tabuleiro e Cariri.

Para o futuro, o secretário prospecta produção a partir de matéria-prima que possa vir da Transnordestina. “Ela poderá trazer muita coisa que deverá passar por processo industrial. Acreditamos que teremos apoio do BNB (Banco do Nordeste do Brasil) e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) para financiar projetos que possam dar valor agregado para aqueles materiais que veem pela Transnordestina”.

Financiamentos

Por falar em financiamentos, após oito meses da saída da Gerência Regional de Apoio ao Comércio Exterior (Gecex) do Banco do Brasil (BB) de Fortaleza, o setor empresarial luta por sua volta. “Foi erro estratégico do BB. A Gecex é a única que emite certificado de origem (necessário para exportar dependendo da exigência do país de destino) e tem taxas de juros maravilhosas”, diz Roberto Marinho, presidente da Comissão de Comércio Exterior do Ceará (CCE-CE).

 Ele diz que articulará com os políticos do Ceará a volta da Gecex, quando a Câmara Temática de Comércio Exterior e Investimentos Estrangeiros (CT Exporta Ceará) for criada pela Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), no início de setembro de 2015.

Pablo Neira, presidente da Wu Indústria e Comércio de Cosméticos foi prejudicado com a saída da Gecex, que agora fica em Belo Horizonte e Recife. “Não consigo comunicação com eles. O preço do produto no exterior fica inviável sem conseguir ressarcir o que pago de imposto. Antes era muito mais ágil”, critica.

Em resposta às dificuldades dos exportadores, o BB respondeu em nota: “Clientes do Banco do Brasil têm como porta de entrada nossos postos de atendimento, ou seja, nossas agências. Através delas que são realizadas todas as operações no Brasil, seja de cliente pessoa jurídica, seja pessoa física. O relacionamento do exportador, não é diferente”, diz.

Mas Roberto ressalta que, mais que demora em operações sem esse escritório, antes o exportador tinha amparo em relação a dúvidas com o banco.

Assim, o BNB ganhou espaço. Até junho de 2015, aplicou R$ 125,1 milhões em operações de exportação no Ceará. Ano passado, foram R$ 160,9 milhões. A expectativa da instituição é que esse ano supere o passado. (Beatriz Cavalcante)

FOMENTO À EXPORTAÇÃO

Governo Federal

1- Plano Nacional de Exportações (PNE) 2015-2018

Lançado em 24 de junho, é estruturado em cinco pilares: acesso a mercados; promoção comercial; facilitação de comércio; financiamento e garantias às exportações e aperfeiçoamento de mecanismos e regimes tributários para apoio às exportações. Está previsto recursos na ordem de R$ 15 bilhões

 Governo do Estado

1- Câmara Temática de Comércio Exterior e Investimentos Extrangeiros (CT Exporta Ceará)

A Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) está com previsão de criar a CT Exporta Ceará no início de setembro de 2015 . A ideia é terr fórum colegiado de caráter consultivo do setor de comércio exterior para identificar entraves e soluções para o desenvolvimento da exportação. Por enquanto, instituições públicas e privadas estão sendo convocadas para participar da Câmara

 2 - Projeto Um mar de ideias

Acordo comercial entre Porto do Pecém e Porto de La Spezia, na Itália, assinado no dia 2 de junho deste ano. Previsto para funcionar durante três anos, o canal tem possibilidade de prorrogação. Além disso, no dia 16 de junho, a Adece recebeu três embaixadores africanos (Cabo Verde, Mauritânia e Senegal). A ideia é viabilizar um canal de navegação entre os portos do Pecém e Mucuripe com os dos países em questão

 Setor privado

1 - XVIII Encontro Internacional de Negócios do Nordeste, no Rio Grande do Norte

A Fiec por meio do Sebrae está se organizando para levar, em 30 de setembro, 50 empresas para participar do evento. São empresas que fazem parte de alimentos, bebida, saúde, beleza, setor químico, casa e decoração, turismo, floricultura, startups e moda

2 - Trade Brasil Mix

O setor empresarial se articula na promoção comercial de produtos brasileiros e cearenses nos mercado de Cabo Verde, Senegal Mauritânia; A ideia é ter um acordo de promoção comercial e fomento da linha marítima direta Brasil – África

 3- Programa Export a Ceará da CCE-CE

Discute gargalos da exportação no Estado nos âmbitos de logística, estratégia e funcionamento de órgãos. A CCE-CE é composta por 14 Entidades: Câmara de Comércio Brasil Angola Ceará, Câmara de Comércio Brasil Portugal Ceará, Fiec, Sebrae, Faec, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Governo do Estado do Ceará, Nutec, STDS, Correios, Instituto Agropolos, Aprece

4 - CIN/Fiec

Abrange desde programas de internacionalização, com foco na promoção comercial, adequação de produtos e prospecções in loco, bem como parcerias estratégicas para auxiliar na promoção, fortalecimento e inserção das empresas cearenses no cenário mundial

5 - Inseri  

Programa do CIN e Sebrae, com apoio da Apex, sindicados industriais (confecções, roupas, têxtil) e da Enterprise Europe Network, para fomentar a internacionalização e a capacitação de empresas brasileiras. o foco são pequenas e médias empresas, mas podem participar as grandes também.

SERVIÇO - Bancos na exportação

BNB - Onde: http://bit.ly/1VmFgiD

BB- Onde: http://bit.ly/1fZHKmV

BNDES - Onde: http://bit.ly/1JtgcNW

 

Fonte: Jornal O Povo