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Publicado em: 20/01/2015

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Déficit acumulado já soma US$ 1,4 bilhão

A balança comercial - diferença entre exportações e importações - registrou déficit de US$ 479 milhões na terceira semana de janeiro, divulgou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O resultado elevou para US$ 1,462 bilhão o déficit acumulado nas três primeiras semanas do ano. Apesar do desempenho negativo, o déficit da balança comercial está menor do que no mesmo período do ano passado. Nas três primeiras semanas de 2014, o país tinha importado US$ 2,049 bilhões a mais do que tinha exportado. A queda no déficit é explicada pelo fato de as importações estarem caindo em ritmo maior que as exportações. No acumulado do ano, o país exportou US$ 7,515 bilhões, queda de 6,2% pela média diária em relação a janeiro de 2014. As importações somaram US$ 8,977 bilhões, com recuo de 10,6%, também pela média diária.

FATORES

A queda nas exportações nas três primeiras semanas de janeiro está sendo puxada pelos produtos manufaturados, cujas vendas caíram 23,3%. A média diária das vendas desses produtos ao exterior passou de US$ 277,1 milhões em janeiro de 2014 para US$ 212,6 milhões. Esse resultado foi influenciado pelas menores vendas de aviões, automóveis de passageiros, laminados planos de ferro ou aço, óleos combustíveis, motores e geradores elétricos, hidrocarbonetos e derivados, papel e cartão para escrita e impressão, tubos de ferro fundido, autopeças e motores para veículos e partes.

Os produtos básicos tiveram uma alta de 4% na média diária nas três primeiras semanas de janeiro quando comparada com todo o último mês de 2014, ao passar de US$ 313,3 milhões para US$ 326 milhões. Os principais aumentos foram nas vendas de petróleo em bruto, trigo em grãos, caulim e outras argilas, soja em grão, café em grão, algodão em bruto, fumo em folhas, arroz em grãos e pimenta em grão.

As vendas de produtos semimanufaturados subiram 8,5%, impulsionadas pelo óleo de dendê, ferro fundido e borracha sintética. As exportações de produtos básicos aumentaram 4%, por causa de petróleo bruto, trigo em grão, caulim e argila e soja em grão. Em relação às importações, segundo o ministério, o recuo foi maior nas compras de combustíveis e lubrificantes (-36,5%), cereais (-30,4%), veículos e partes (-20,9%) e equipamentos mecânicos (-17,8%).

A expectativa do mercado financeiro para este ano, segundo pesquisa realizada pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, é de melhora do saldo comercial. A previsão dos analistas dos bancos é de um superávit de US$ 5 bilhões nas transações comerciais do país com o exterior. Já o Banco Central prevê um superávit da balança comercial de US$ 6 bilhões para 2014, com exportações em US$ 234 bilhões e compras do exterior no valor de US$ 228 bilhões.

Fonte: O Estado do Ceará