Bovespa e dólar sofrem sérios impactos no País
Ainda sofrendo os impactos do desabamento das bolsas de valores chinesas, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), caiu 3,03%, fechando o pregão a 44.336 pontos. Trata-se do menor nível registrado desde abril de 2009, e também a maior queda diária desde dezembro do ano passado. No mês de agosto, a bolsa brasileira já apresenta um recuo de 12,83%, e no ano, a queda acumulada já chega a 11,34%. Depois de um início tumultuado, quando chegou a cair mais de 6%, no decorrer do dia, a Bovespa seguiu a redução das perdas nas principais bolsas do mundo e teve um resultado não tão ruim, pois caiu menos que Nova Iorque, Tóquio, Paris, Milão, Madri e Frankfurt, por exemplo.
Pela manhã, logo após a abertura do pregão, o índice chegou a cair 6,5%, mas moderou a queda ao longo da sessão. Com a desvalorização de ontem, o forte aumento da aversão ao risco fez as ações preferenciais – mais negociadas e sem direito a voto – da Petrobras fecharem no menor nível desde 30 de setembro de 2003. As ações caíram 6,51%, para R$ 7,76, mas chegaram a desabar mais de 9% no início dos negócios. As ações ordinárias da estatal – com direito a voto – fecharam com queda de 5,43%, a R$ 8,70. No início da sessão, também chegaram a perder mais de 9%. As ações da estatal foram afetadas, de modo especial, pela desvalorização do preço do petróleo no mercado internacional.
Já as ações da Vale chegaram a desabar mais de 10%, influenciadas pela preocupação com a economia chinesa, o que fez os preços do minério de ferro caírem 5% nesta segunda-feira. Os papéis preferenciais da mineradora tiveram queda de 7,96%%, para R$ 12,38 – o menor patamar desde 15 de setembro de 2004. As ações ordinárias caíram 7,78%, para R$ 15,40, no menor nível desde novembro de 2004.
Câmbio
O dólar comercial teve uma valorização de 1,659% durante a sessão de ontem. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou em alta, vendido a para R$ 3,554, no maior nível desde 5 de março de 2003, quando fechou a R$ 3,555. O dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, foi comercializado a R$ 3,552, a maior cotação de fechamento também desde 5 de março de 2003. Ao serem corrigidas, as duas cotações equivaleriam a R$ 5,53. Segundo especialistas em mercado financeiro, que acompanharam de perto a tumultuada sessão, na máxima do dia, a divisa norte-americana chegou a atingir R$ 3,58.
Fonte: O Estado do Ceará