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Publicado em: 03/12/2014

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22 mil deixam extrema pobreza, mas CE é 3º com maior proporção

Segundo o Ipece, houve redução de 3,11% no número de pessoas na extrema pobreza no Ceará entre 2012 e 2013. Em um ano, foram 468 mil. Mas o Ceará ainda é o 3º com maior proporção de pessoas nessa situação

Entre 2012 e 2013, 22,3 mil pessoas deixaram a extrema pobreza no Ceará, uma redução de 3,11%, segundo estudo divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). Em sete anos, conforme o órgão estadual, 468,4 mil deixaram essa condição, uma redução de 42,44%. Ainda assim, o Ceará continua com a terceira maior proporção de pessoas na extrema pobreza do Brasil (8% da população).

O estudo, intitulado “Caracterizando a Redução da extrema Pobreza no Ceará - 2012 e 2013. Uma análise comparativa Brasil e Nordeste”, destaca que a trajetória de queda da extrema pobreza no Ceará, diferentemente do Brasil e do Nordeste, não parou. No Brasil e no Nordeste, houve crescimento na população extremamente pobre entre 2012 e 2013 - de 599,2 mil e 64,7 mil respectivamente.

Segundo o Ipece, isso pode ser atribuído em parte à taxa de crescimento da economia cearense, que em 2013, esteve acima da média nacional, gerando nesse ano a expansão de mais de 70 mil empregos. Considera ainda que os programas de busca ativa e os benefícios do programa Brasil Carinhoso possam ter contribuído para os números positivos do Estado.

A análise inclui a distribuição do grupo de pessoas em situação de extrema pobreza por áreas censitárias (áreas urbanas, rurais e regiões metropolitanas) e por faixas etárias. Os resultados apontam elevação da pobreza extrema nas áreas urbanas e nas regiões metropolitanas e retração nas áreas rurais. A faixa etária que inclui pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, embora seja aquela com menor participação relativa, foi a que apresentou os maiores aumentos em termos de extrema pobreza, em todas as localidades analisadas.

No Ceará, houve redução da extrema pobreza considerando-se a população como um todo. Além disso, diz o Informe, a extrema pobreza no Estado é maior entre os indivíduos com idade entre 0 e 14 anos e cresceu em termos absolutos apenas entre a população idosa.

O trabalho tem como fonte de dados a Pesquisa por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E visa contribuir para o debate sobre a superação da extrema pobreza no Brasil, na Região Nordeste e no Ceará desta classe de renda, caracterizada por uma renda domiciliar mensal per capita menor ou igual a R$ 83,68.

SERVIÇO

Acesse íntegra do Informe nº 81 do Ipece: http://bit.ly/1rWyeQJ

 

Repórter: Artumira Dutra

Fonte: Jornal O Povo