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Publicado em: 08/01/2015

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IMPACTO - Secretários falam em reavaliar

Os secretários do governador Camilo Santana (PT) aparentaram receber com naturalidade as metas estabelecidas para reduzir os custos da máquina. Para o secretário de Educação Maurício Holanda, as medidas são uma oportunidade de "aprender a funcionar cada vez melhor".

O secretário avaliou ser necessário que todas as pastas se organizem para dar cumprimento aos compromissos de campanha do governador em um contexto que requer maior cuidado com os gastos públicos. No caso da Educação, o gestor destacou a ampliação da educação profissional em tempo integral, além da consolidação e aperfeiçoamento do Programa de Alfabetização da Idade Certa (Paic).

"Quando se fala em contenção de gastos, normalmente já se cria uma excitação. Acho que a gente está diante de uma oportunidade muito boa de fazer um esforço adicional de qualificar a gestão pública, conseguindo melhorar a performance em termos de eficiência, mantendo todos os benefícios, todos os serviços que tem hoje funcionando, e ampliando, na medida do possível, mesmo num contexto de maior contenção", destacou.

Ele admitiu ainda que as medidas podem vir a diminuir a velocidade de implantação de escolas de ensino profissionalizante em tempo integral em todos os municípios, promessa de campanha de Camilo Santana.

Racional

"Acho que isso não será adiado, nós faremos todo o possível, e, com certeza, talvez não no ritmo que inicialmente devíamos, mas conseguiremos implantar isso neste ano, ou no máximo, no ano que vem", garantiu. Guilherme Sampaio (PT), secretário da Cultura, avaliou que as medidas representam uma orientação racional de identificação de desperdícios e execução de ajustes necessários.

Já o secretário de Saúde Carlile Lavor, que acabou de assumir a pasta, não soube avaliar quais seriam os impactos diretos que as medidas de contenção teriam na secretaria. "Nós estamos ainda estudando, porque a secretaria tem um trabalho muito grande não só interno, mas também com os municípios. Temos que ver como fazer esses ajustes", pontuou. "(Mas) claro que vai faltar dinheiro e vamos sofrer com as consequências".

Ele destacou ainda que, na reunião com todos os secretários, Camilo defendeu a integração das secretarias para que melhores resultados sejam obtidos. "A Educação e a Saúde, por exemplo, têm que trabalhar juntas na prevenção, para que se aprenda na escola maneiras de melhorar a Saúde", pontuou.

Para André Facó, titular da pasta de Infraestrutura, a ideia é que se busque otimizar recursos vinculados aos projetos que são prioritários. "De modo que a gente não tenha a paralisação de nenhum daqueles (projetos) que de alguma forma contribuem para o desenvolvimento do Estado", destacou o gestor.

O secretário Dedé Teixeira (PT), do Desenvolvimento Agrário, também avaliou ser natural a postura de Camilo. Ele destacou ser necessário definir quais serão as prioridades da pasta e os programas que devem ser fortalecidos. "A assistência técnica de extensão rural, por exemplo, é uma coisa fundamental", diz.

Fonte: Diário do Nordeste