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Publicado em: 24/03/2015

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RATING - Agência de risco S&P mantém selo de bom pagador do Brasil

A nota do Brasil foi mantida fora do grau especulativo, com perspectiva estável

O Brasil manteve o selo de local seguro para investir, o chamado grau de investimento, concedido pela agência internacional de classificação de risco Standard & Poor’s.

Em nota divulgada ontem, a agência afirmou que a nota de crédito do país segue a mesma -na última faixa antes do grau especulativo-, mas com perspectiva “estável”.

O anúncio é um alento para governo, que, desde a retirada pela Moody’s do grau de investimento da Petrobras, em fevereiro, passou a temer que a nota do país fosse reduzida.

Segundo a S&P, a manutenção do selo de bom pagador para o Brasil deve-se à expectativa de que a presidente Dilma Rousseff manterá o apoio ao ajuste fiscal promovido pela equipe econômica e que as medidas serão aprovadas no Congresso.

O governo tem tido dificuldade de passar o pacote no Legislativo num momento em que denúncias de corrupção na Petrobras, fruto da Operação Lava Jato, chegam a nomes centrais do Congresso, como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros.

A medida provisória que revia o programa de desonerações da folha de pagamentos, peça importante do pacote de ajuste, foi devolvida pelo Senado, e o governo teve de reencaminhar as medidas por meio de projeto de lei. A agência acredita, no entanto, que o problema será resolvido e, com isso, a credibilidade do governo será “restaurada”.

Para a S&P, a economia brasileira recuará 1% este ano, como efeito da elevação dos impostos, do corte de incentivos e da redução dos investimentos pela Petrobras. Mas avançará 2% em 2016.

“Se rebaixasse o país e fosse seguida por outra agência, uma série de fundos seriam forçados a retirar seus investimentos do Brasil”, afirma Fabio Lemos, analista da São Paulo Investments.

Calote seletivo

A agência de classificação de risco Standard & Poor´s rebaixou a nota da Sete Brasil, principal parceira da Petrobras para a exploração do pré-sal, para SD (calote seletivo). O motivo foi o não pagamento de US$ 250 milhões que haviam sido emprestados pelo britânico Standard Chartered e venceram dia 17.

O banco acionou o fundo garantidor do setor naval para receber sua parte no “seguro contra calote”. O Standard fez parte de um grupo de bancos que, juntos, concederam R$ 2,6 bilhões à Sete, empréstimos que já tinham sido renegociados anteriormente.

A agência afirmou que ainda é possível um acordo entre a empresa e outros credores, mas que os riscos são maiores. A Sete Brasil foi criada com a promessa de que haveria financiamento de longo prazo do BNDES, que já deveria ter liberado US$ 9 bilhões à companhia.

A empresa, no entanto, entrou na investigação da Operação Lava Jato após Pedro Barusco, ex-diretor de operações, confessar ter cobrado propina dos estaleiros contratados para fazer as sondas. (Folhapress)

SERVIÇO

Conheça a Agência Standard & Poor's

Onde: http://bit.ly/1CSDKhR

Fonte: O Povo