Ceará busca R$ 1,95 bilhão em crédito

O Governo do Estado está contratando, junto a instituições internacionais de crédito, a importância de US$ 560 milhões, correspondentes a R$ 1,95 bilhão, pelo câmbio de ontem, em operações destinadas à saúde (US$ 200 mi), estradas (US$ 200 mi) e Proares (programas de assistência social) US$ 160 milhões. O secretário da Fazenda, Mauro Filho , foi a Brasília acompanhar o governador Camilo Santana nos contatos para a obtenção destes financiamentos. Os dois foram manter contatos com o Ministério da Fazenda e Tesouro Nacional, que deverão conceder a autorização para a concretização desses empréstimos.

Antes do embarque, o secretário informou que o Estado conta com regras de endividamento totalmente enquadradas no que está estabelecido pelo Ministério da Fazenda (MFaz) e que, por esse motivo, não vai ter dificuldades para conseguir esses recursos. “Essas operações de crédito precisam ter mais celeridade e é por isso que estamos indo a Brasília manter contatos com aqueles dois órgãos federais. Com elas, o Estado vai continuar mantendo o seu nível de investimentos”, explicou o secretário, observando, ainda, que o Ministério da Fazenda libera o empréstimo e o Senado da República concede a autorização.

Oscilações

Mauro Filho disse que o Estado do Ceará não está imune às oscilações da economia brasileira, que enfrenta sérias dificuldades, mas, mesmo assim, cresceu no período de janeiro a julho deste ano. Na comparação com o mesmo período de 2014, este crescimento foi de 7%. Esse percentual, segundo ele, é bastante razoável, mas ainda inferior à inflação, que é de 8,46%, nos 12 meses acumulados até julho.

Isso, segundo ele, exige cautela, observando que 18 estados brasileiros, no dia primeiro deste mês, pagaram a folha de pessoal com atraso. O secretário lembra que o Ceará continua pagando a folha em dia, ressaltando que a determinação do governador Camilo Santana é de que seja feito todo esforço, especialmente controle das despesas de custeio, para cumprir o calendário de pessoal.

O titular da Sefaz lembra que a primeira parcela deste ano do Fundo de Participação dos Estados (FPE) foi de R$ 40 milhões a menos, o que aconteceu no último dia dez. Isso, segundo ele, enseja a um controle maior das despesas do Estado. ”A arrecadação de julho do ICMS  foi da ordem de R$ 480 milhões, tirando 20% do Fundeb e 25% dos municípios”, completou Mauro Filho. (Com informações de Tarcísio Colares).

Fonte: Jornal O Estado