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Publicado em: 19/08/2015

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Eduardo Cunha promete votação da Reforma Tributária

Em evento de empresários em Brasília, ontem (17), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que o País hoje vive uma “crise de confiança”. Reiterando críticas ao ajuste fiscal do governo, ao qual chamou de “pífio”, o deputado frisou a intenção de agilizar a votação da reforma tributária e aproveitou para alfinetar a presidente Dilma Rousseff.

Cunha quer iniciar a votação de uma emenda aglutinativa à proposta de reforma tributária, que hoje está em comissão especial, entre setembro e outubro e concluí-la até o fim do ano. Ele aproveitou o ensejo para ironizar a declaração de Dilma sobre não estabelecer metas.

“Como diria... primeiro a gente atinge a meta, depois dobra a meta [risos]. Vamos tentar atingir a meta e, depois, se possível, a gente dobra”, afirmou Cunha.

O deputado referiu-se à declaração da presidente em julho, durante evento do Pronatec Jovem Aprendiz.

“Nós não vamos colocar uma meta, nós vamos deixar uma meta aberta. Quando a gente atingir a meta, nós dobramos a meta”, afirmou Dilma. A fala teve grande repercussão nas redes sociais e acabou ridicularizada por oposicionistas.

Ao longo de sua palestra, o presidente da Câmara concordou que estão estabelecidas crises tanto econômica quanto política, mas colocou a solução dos problemas políticos como prioritários, afirmando ainda que eles podem ajudar a solucionar os econômicos.

“Crise política e crise econômica são duas crises que nascem e morrem juntas. Uma acaba realimentando a outra e uma acaba matando a outra. É preciso que a gente saiba enfrentar as duas separadamente, mas a prioridade é sempre resolver a crise política porque ela te proporciona as condições para enfrentar a crise econômica”, afirmou.

Para ele, a crise econômica é fruto da adoção de modelos “equivocados”, mas também da perda de confiança no comando da economia.

“Vivemos, mais que a crise econômica, a crise de confiança. O ajuste fiscal em si é pífio e não tem nem relevância numérica no problema da falta de superavit. Ele é muito mais simbólico, com o objetivo de mostrar que se tem controle sobre as contas públicas e, consequentemente, você gerar segurança perante os investidores. A confiança tem que ser restabelecida”, completou.

Cunha participou da 3º edição do Visão Capital, evento organizado pelo Jornal de Brasília, para debater o cenário do setor empresarial do Centro Oeste.

Fonte: O Estado do Ceará