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Publicado em: 18/11/2013

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TOMBINI - "Brasil está preparado para lidar com fim de estímulos"

18/11/2013.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, participou de reunião com representantes de 17 bancos centrais para discutir a liquidez global

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse em discurso no Chile neste final de semana que emergentes como o Brasil têm como desafio “calibrar suas respostas ao período de transição de saída das políticas monetárias não convencionais” dos países avançados, mantendo, ao mesmo tempo, a estabilidade de preços e financeira, as reformas estruturais e o crescimento. Tombini fez discurso durante a 5ª Reunião de Cúpula de Bancos Centrais com Metas de Inflação em Santiago, no Chile, nos dias 15 e 16.

Ao mesmo tempo, Tombini disse que uma combinação de fundamentos fortes e resposta política pragmática contribuíram deixaram “as economias dos mercados emergentes como o Brasil, mais preparados para uma eventual saída do relaxamento monetário não convencional”.

Tombini ressaltou que o processo de normalização das condições monetárias nos mercados globais tem de modo geral “efeito positivo para os emergentes”, pois reflete a melhora gradual “da maior economia do mundo”, os Estados Unidos. Com essa retomada global e do comércio exterior, segundo ele, os emergentes se “beneficiarão”.

O presidente do BC disse que já é possível ver “uma luz de vela no fim do túnel”, referindo-se à retomada da economia mundial, mas ressaltou que o ritmo dessa recuperação é “incerto” e que a normalização das taxas de juros em vários países diante da retomada das principais economias é positiva, mas “cria riscos de transição”. “A lição que tiro dos últimos meses é que as autoridades dos mercados emergentes precisam mostrar que estão prontas e capazes de garantir a estabilidade financeira e de preços.”

Durante o encontro de dois dias, os representantes de 17 bancos centrais, do Banco de Compensações Internacionais (BIS) e do Fundo Monetário Internacional (FIM) discutiram sobre a liquidez global, os fluxos de capitais e a coordenação de políticas.

Tombini defendeu que “a utilização judiciosa de ferramentas macroprudenciais. Segundo ele, as medidas podem proporcionar um grau adicional de liberdade para conduzir a política monetária com o objetivo de estabilidade de preços, preservando estabilidade financeira”.

Confiança

O presidente do BC brasileiro também pontuou que o debate deve avançar no sentido de assegurar a complementaridade entre os dois instrumentos, garantindo a confiança do mercado.

Tombini destacou a importância de refinar as ferramentas políticas macroprudenciais, desenvolver novos instrumentos e melhorar a compreensão de como elas impactam o sistema financeiro e a economia. (da Agência Estado)

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ENTENDA A NOTÍCIA

Os encontros de cúpula dos Bancos Centrais se realizam a cada dois anos. As reuniões têm o objetivo de propiciar o intercâmbio de pontos de vista e a troca de experiências sobre as políticas macroeconômicas aplicadas no mundo.


Fonte: Jornal O Povo