Receita nominal cresce 8,5% no País e Ceará evolui 7,7% em 2013
20/02/2014.
A receita do setor de serviços, no País, fechou o ano passado com crescimento nominal de 8,5%, sendo que o segmento de transportes, serviços auxiliares de transporte e correios foi o que mais cresceu no período, com alta de 10,8% na comparação com 2012. Dentre os 26 estados brasileiros, mais o Distrito Federal, o Ceará acabou ficando na 14a colocação, com taxa de positiva de 7,7%. Já na região Nordeste, a taxa de crescimento do Estado ficou em terceiro lugar, atrás apenas de Paraíba e Rio Grande do Norte, que cresceram 10% e 9,5%, respectivamente, mas estes resultados tiveram uma baixa base de comparação, pois em 2012 os resultados desses dois estados foram pequenos. Entretanto, o resultado obtido pelo Ceará foi pouco superior a Pernambuco (7,5%), mas muito superior ao da Bahia (2,4%), que possuem, tradicionalmente, uma economia mais pujante que a nossa.
Mas o Ceará também obteve resultados significativos em alguns segmentos específicos, tanto em nível nacional, como regional (veja box). Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre os destaques, em nível nacional, o segmento de transportes teve bons resultados no aquaviário (com alta de 18%) e no aéreo (16,8%). Já os transportes terrestres tiveram aumento de 10,7%. Outro segmento que se destacou, em 2013, foram os serviços prestados às famílias, que tiveram alta de 10,2%. A principal influência para esse crescimento veio dos serviços de alojamento e alimentação, que cresceram 10,6%. Os demais segmentos analisados pela pesquisa também tiveram crescimento: serviços profissionais, administrativos e complementares (8,1%), de informação e comunicação (6,9%) e outros serviços (5,9%).
COMPARATIVAMENTE
Na comparação do mês de dezembro de 2013, com o mesmo período do ano anterior, o setor de serviços cresceu 8,4%, também com destaque para os serviços de transportes (11,5%) e os prestados às famílias (9,5%). Entre os estados, os maiores crescimentos no ano foram observados em Mato Grosso (20,4%), no Distrito Federal (15,7%), Ceará (13%) e Tocantins (13%). Em dezembro, os destaques foram o Distrito Federal (25,1%), Santa Catarina (12,6%) e Rondônia (12,5%).
Os serviços de informação e comunicação representaram 29,7% em termos de contribuição relativa no mês, representando 2,5 pontos percentuais (p.p.) para a composição do índice geral. O crescimento dos serviços profissionais, administrativos e complementares ficou em 6,7% em dezembro, contra 7,3% em outubro e 9,4% em novembro. Os serviços técnico-profissionais, que abrangem serviços intensivos em conhecimento, cresceram 0,4% e os administrativos e complementares, de mão de obra, 9,6%. Com uma contribuição relativa de 17,9%, esse segmento representou 1,5 p.p. para o índice geral.
O segmento de transportes, serviços auxiliares dos transportes e correios cresceu 11,5% em dezembro, taxa superior às de outubro (9,9%) e novembro (10,2%). As maiores taxas de crescimento foram registradas no transporte aquaviário (17,3%) e no aéreo (11,2%), sendo que o terrestre cresceu 8,3%. Os serviços de armazenagem, auxiliares dos transportes e correios variaram 16,5%. Esse segmento contribui, em termos relativos, com 40,5% e com 3,4 p.p., em termos absolutos, para a composição do índice geral. O segmento outros serviços apresentou crescimento nominal de 6,7%.
ESTADO É DESTAQUE EM VARIADOS SEGMENTOS
O Estado do Ceará também teve bom posicionamento no ranking, em diversos segmentos pesquisados. As maiores taxas de crescimento foram no Distrito Federal (25,1%), Santa Catarina (12,6%) e Rondônia (12,5%). Goiás (11,4%) e Tocantins (10,7%) também tiveram taxas expressivas. Em relação à composição do índice de serviços por unidades da federação, São Paulo registrou 52,7% de contribuição relativa e 4,4 p.p. de contribuição absoluta, seguido do Rio de Janeiro, com 10,3% e 0,9 p.p., e Distrito Federal, com 7,5% e 0,6 p.p.
No segmento serviços prestados às famílias, as maiores taxas foram em Pernambuco (22,6%), seguidas pelo Ceará (15,2%) e Paraná (12,8%). As menores taxas positivas ocorreram no Espírito Santo (2,8%), Minas Gerais (3,6%) e Santa Catarina (6,9%). Nos serviços de informação e comunicação, Goiás teve a maior taxa (22,9%), seguido de Santa Catarina (11,6%) e Distrito Federal (11,5%).
Nos serviços profissionais, administrativos e complementares, o Distrito Federal mostrou a maior taxa de crescimento (21,7%), seguido do Ceará (14,5%), à frente, inclusive, da maior economia do País, São Paulo (13,8%). No segmento transportes, serviços auxiliares e correios, Distrito Federal (48,4%), Santa Catarina (16,5%) e São Paulo (13,8%) tiveram as maiores variações em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Em outros serviços, os maiores crescimentos foram no Distrito Federal (70,7%), Pernambuco (22,5%) e Paraná (19,1%). As menores taxas positivas ocorreram na Bahia (2,5%), São Paulo (8,7%) e Ceará (9,7%). Aqui, o Rio de Janeiro teve variação negativa de 13,3%.
ACUMULADO DO ANO
Em 2013, Mato Grosso (20,4%), Distrito Federal (15,7%), além de Ceará e Tocantins (ambos com 13,0%) tiveram as maiores taxas de crescimento no indicador acumulado no ano. As menores taxas foram registradas em Sergipe (3,0%), Piauí (3,4%) e Amapá (4,4%). Nos serviços prestados às famílias, as maiores taxas de crescimento acumulado ocorreram no Ceará (17,1%), Goiás (14,7%) e São Paulo (12,6%). Nos serviços de informação e comunicação, Distrito Federal (11,3%), Goiás (10,4%) e Santa Catarina (10,0%) tiveram as maiores taxas de crescimento.
Nos serviços profissionais, administrativos e complementares, o Ceará mostrou a maior taxa de crescimento (19,8%), seguido de Bahia (15,4%) e Distrito Federal (15,3%). Rio Grande do Sul (6,2%) e Pernambuco (0,5%) registraram variações acumuladas negativas. No segmento de transportes, serviços auxiliares e correios, Distrito Federal (16,8%), Santa Catarina (16,0%) e Pernambuco (13,1%) mostraram as maiores taxas de crescimento. No segmento outros serviços, os maiores crescimentos acumulados foram no Distrito Federal (45,3%), Goiás (23,3%) e Santa Catarina (12,2%).
Fonte: Jornal O Estado