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Publicado em: 04/04/2014

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PRODUTOS DE PÁSCOA - Imposto pode chegar a 50%

04/04/2014.

A confraternização de Páscoa sairia bem mais em conta se não fossem os elevados impostos sobre os produtos tradicionais do período, que podem chegar a mais de 50%. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), a carga tributária sobre o bacalhau, por exemplo, é de 43,78%. Já o vinho, também bastante consumido na época pascoal, tem 54,73% do seu valor em impostos, o maior percentual da listagem feita pelo IBPT.

De acordo com estudo feito pelo IBPT sobre a carga tributária de várias produtos e serviços relacionados com a Páscoa 2014, até quem for almoçar nos restaurantes, sentirá o peso da tributação, que neste setor é de 32,31%. O chocolate em barra e os bombons também têm tributos elevados: 38,60% e 37,61%, respectivamente.

O presidente executivo do Instituto responsável pela pesquisa, João Eloi Olenike, afirma que a maioria dos brasileiros poderia desfrutar de mesas mais fartas se não houvesse o excesso de tributação. "Os produtos da Páscoa normalmente são superonerados de tributos. Com menos carga tributária, maior seria a demanda de emprego e renda em todos os setores", relata Olenike.

Elevação nos preços

Já em relação ao aumento dos valores, de acordo pesquisa divulgada ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a elevação média dos preços de produtos que compõem a cesta de Páscoa, mensurada nos últimos 12 meses até março de 2014, ficou abaixo da inflação acumulada no mesmo período. Enquanto o aumento da média foi de 2,84%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação apontou inflação de 6,09%.

Segundo o diagnóstico fornecido pela FGV, apesar da alta ter sido menor, o prato principal - pescados frescos - subiu o dobro da inflação, com alta de 12,71%, apresentando ritmo parecido com o constatado no período de 2012 para 2013. Já a variação deste ano se diferencia do aumento de 2013, quando o consumidor pagou em média 48% a mais pelos itens do almoço de Páscoa se comparado a 2012. No entanto, os preços caros não podem ser atribuídos somente ao período, pois sofrem as altas tributações mencionadas.

Alguns outros complementos da mesa também subiram mais que a inflação acumulada até março de 2014: atum (15,83%), couve (13,80%), ovos (7,89%), azeite (7,67%) e azeitona em conserva (7,50%).Os preços de itens tradicionais como bacalhau (3,02%) e bombons e chocolates (1,16%) avançaram menos que a inflação e, portanto, não apresentaram aumento real, diz a FGV.

Fonte: Diário Online (Jornal Diário do Nordeste)