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Publicado em: 22/10/2015

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Prévia da inflação em Fortaleza sobe 9,77%

Alta dos combustíveis, promovida no início deste mês, impacta fortemente no IPCA-15 da Capital cearense

Como já era esperado, o maior impacto na inflação de Fortaleza, neste início de mês. Veio dos combustíveis, que subiram 12,09%, após a Petrobras promover aumento de 6% na gasolina e 4% no óleo diesel nas refinarias ( Foto: Natinho Rodrigues )

Fortaleza/Rio. Impulsionada pelo aumento nos preços da gasolina e óleo diesel, que aconteceu no início deste mês, a inflação de Fortaleza voltou a subir nas duas primeiras semanas de outubro. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado ontem pelo IBGE, a pressão inflacionária da Capital cearense apresentou uma alta de 0,66% no período, exatamente a mesma variação registrada pelo Brasil. Trata-se do quinto maior avanço entre as capitais do País.

Prévia da inflação oficial medida pelo IBGE, o IPCA-15 de Fortaleza já acumula alta de 9,77% em 12 meses, variação idêntica à nacional. No acumulado do ano, o índice da Capital cearense também se encontra acima do teto da meta do governo federal (6,5%), já que atingiu 8,01% nos 15 primeiros dias de outubro. "Eu acho que a inflação ainda tem muita margem para subir, principalmente por conta dos repasses inerentes à alta do dólar, que não estão sendo aplicados na velocidade que deviam. Devemos ter um índice muito próximo dos dois dígitos no fechamento de 2015", comenta o economista Ênio Arêa Leão.

Principais impactos

Como já era esperado, o maior impacto na inflação de Fortaleza neste início de mês veio dos combustíveis, que subiram 12,09% na Capital cearense, após a Petrobras promover, no início de outubro, aumento da gasolina e do óleo diesel nas refinarias. Para Ênio Arêa Leão, novas altas devem acontecer em breve. "A Petrobras já entrou com pedido para promover outro reajuste, fruto da situação cambial vivida pelo País. Além disso, a energia também deve voltar a subir de forma significativa no ano que vem. É provável que, em 2016, também estouremos o teto da meta", afirma o economista.

Além dos combustíveis, outros itens do setor de alimentos ficaram mais caros em Fortaleza nos 15 primeiros dias do mês, contribuindo para a alta do IPCA-15. Os maiores avanços foram: maracujá (10,1%), chá de dentro (6,9%), alho (6,7%), melancia (6,2%) e goiaba (6,1%). A cebola, porém, ficou 32,8% mais barata no período, assim como o tomate (-18,1%), tubérculos, raízes e legumes (-17,9%), cenoura (-9,3%) e batata inglesa (-5,3%).

Situação do País

Nacionalmente, o IPCA-15 chegou a 8,49% no período de janeiro a outubro de 2015, informou o IBGE. Em 2014, a alta correspondente ao mesmo período ficou em 5,23%. O índice deste ano foi o mais elevado acumulado de janeiro a outubro desde 2003, quando alcançou 9,17%.

O IPCA-15 teve variação de 0,66% em outubro e ficou 0,27 ponto percentual acima da taxa de setembro (0,39%). Esse foi o índice mais elevado para um mês de outubro desde 2002 (0,90%). Quanto aos últimos 12 meses (9,77%), a taxa acumulada ficou não somente acima dos 12 meses imediatamente anteriores (9,57%) como foi a mais elevada desde dezembro de 2003 (9,86%). Em outubro de 2014, o IPCA-15 chegou a 0,48%. O índice do mês foi influenciado pelos três grupos que mais pesam no orçamento das famílias: habitação, transportes e alimentação e bebidas.

Fonte: Diário do Nordeste