NTERCÂMBIO E NEGÓCIOS - Economia cearense atrai Câmara dos EUA
24/04/2014.
Na Capital cearense, a Amcham deve começar a atuar em maio, com a previsão de reunir 200 associados inicialmente
A diversificação da economia cearense, revelando potenciais em vários setores produtivos do Estado, tem atraído a atenção e investimentos do empresariado internacional. Com a proposta de estreitar as relações comerciais entre Estados Unidos e Ceará e ampliar a competitividade das empresas cearenses por meio do conhecimento, foi lançada, na manhã de ontem, a 14ª Regional da Câmara Americana de Comércio no Brasil (Amcham-Brasil), em Fortaleza.
O lançamento contou com a presença da embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde, a consulesa dos Estados Unidos, Usha Pitts, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Roberto Macêdo, e empresários cearenses, como o diretor do Centro de Serviços Compartilhados do Grupo Edson Queiroz, Igor Queiroz.A Amcham-Brasil é a maior Câmara Americana de Comércio, dentre as 114 existentes fora dos Estados Unidos e possui mais de cinco mil empresas associadas. A unidade da Capital cearense, que deve começar a atuar no Estado em maio, é a terceira da região Nordeste e deve reunir cerca de 200 associados inicialmente. "O Ceará cresce mais que a média do Nordeste, então, já estava mais que na hora de a Amcham estar aqui. O Estado possui dinamismo econômico, empresas sólidas e empresários com alto nível de maturidade", explica o CEO da entidade, Gabriel Rico. Para a embaixadora Liliana Ayalde, a vinda da Amcham para Fortaleza demonstra o reconhecimento das oportunidades de comércio que o Estado reserva.
"Essa escolha foi particularmente especial, devido à localização estratégica, parceiros e empresas que temos aqui", acrescenta a embaixadora.
Além da exportação de insumos como castanhas de caju, frutas e calçados, que lideram a lista de produtos enviados do Ceará para os Estados Unidos, Liliana aposta no desenvolvimento dos setores energético e agrícola a partir da aproximação entre os dois países. Já o CEO da Amcham acredita que os segmentos do varejo, indústria extrativa e processamento de alimentos são os grandes potenciais do Estado.
Em 2013, segundo os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Ceará exportou cerca de US$ 259,5 milhões (FOB) para os Estados Unidos, e importou o equivalente a US$ 420,3 milhões (FOB) do País.
Troca de conhecimento
Na prática, a Amcham funciona como fomentadora de negócios, fazendo com que, por meio do compartilhamento de experiências, pequenas e grandes empresas possam firmar parcerias e descobrir novas oportunidades de negócios. "As empresas se associam e nós estruturamos comitês, divididos em temas, criando um ambiente para que esses empresários discutam seus pontos em comum, em um constante processo de atualização", explica Rico.
De acordo com a gerente regional da Amcham, Alessandra Andrade, que será responsável pela unidade de Fortaleza, os dois primeiros eventos da entidade na Capital abordarão gestão de pessoas e Business Affairs, e devem acontecer ainda em maio. "Esperamos que a partir desses encontros, as empresas possam aumentar a quantidade de negócios gerados", explica.
Agilidade nos vistos
Durante o evento, a embaixadora dos Estados Unidos destacou, ainda, outras maneiras que representam a aproximação do país americano com o Brasil: a solicitação do visto. "Temos feito tudo para agilizar esse processo de solicitação, 96% dos pedidos são aprovados, o mecanismo está mais fácil, a espera não é mais tão longa. O visto não é mais um problema", garante.
O voo direto de Fortaleza para Miami, que deve ser lançado no dia 31 de maio, foi apontado por Liliana como uma ligação importante entre os dois países. "Será uma facilidade não só para o turismo, mas, também, para o empresariado", completa a embaixadora.
O QUE ELES PENSAM
Criação de Um ambiente favorável
"Essa convivência entre empresários e especialistas vai abrir muito a cabeça das pessoas e gerar boas oportunidades de intercâmbio de informações. Vamos buscar contato com outras câmaras do País, como a de São Paulo, que é a maior, e articular a vinda de bons palestrantes. Estamos criando um ambiente muito favorável para que essa câmara se desenvolva e renda bons frutos"
Roberto Macêdo
Presidente da Fiec
"Acredito que promover o intercâmbio cultural e de negócios entre Brasil e Estados Unidos é importante para todos os empresários, e para o Ceará, como um todo. O empresário consciente deve procurar, de todas as formas, promover o desenvolvimento econômico, a geração de empregos e negócios. O Ceará tem muito a crescer com os Estados Unidos, essa relação é importante"
Deusmar Queirós
Presidente do Grupo Pague Menos
Jéssica Colaço - Repórter
Fonte: Diário Online (Jornal Diário do Nordeste)